A guerra havia sido deflagrada em 13 de junho, após ataques de Israel contra alvos militares e nucleares no Irã.
Por Redação, com ANSA – de Teerã
O guia supremo do Irã, Ali Khamenei, se pronunciou pela primeira vez desde o cessar-fogo com Israel, em vigor desde a última terça, e disse nesta quinta-feira que o país persa “esmagou o regime sionista” e deu um “tapa na cara” dos Estados Unidos.

Em mensagem transmitida pela imprensa estatal iraniana, o aiatolá afirmou que os EUA entraram em “guerra direta” porque sentiram que Israel poderia ser “completamente destruído”, mas não “conseguiram nada”.
– Com toda essa comoção e todas essas reivindicações, o regime sionista foi praticamente nocauteado e esmagado pelos golpes da República Islâmica – declarou Khamenei, principal autoridade política e religiosa do Irã desde 1989.
– A República Islâmica deu um tapa na cara dos EUA e atacou e danificou a base aérea de Al Udeid [no Qatar], que é uma das principais bases dos EUA na região – acrescentou. Segundo o guia supremo, “tal ação pode ser repetida no futuro”.
– Se ocorrer alguma agressão, o inimigo definitivamente pagará um preço alto – disse Khamenei, ressaltando que os bombardeios americanos às centrais nucleares de Fordow, Isfahan e Natanz, no último fim de semana, não provocaram danos significativos, apesar da reivindicação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o ataque “aniquilou” o programa iraniano de energia atômica.
Guerra
A guerra havia sido deflagrada em 13 de junho, após ataques de Israel contra alvos militares e nucleares no Irã. Ao menos 610 pessoas morreram no país, segundo dados oficiais, embora um balanço da ONG independente Agência de Notícias de Ativistas dos Direitos Humanos (Hrana, na sigla em inglês) fale em mais de mil óbitos, incluindo mais de 400 civis.
O conflito também tirou as vidas de ao menos 28 pessoas em solo israelense. Já o ataque de Teerã à base de Al Udeid não deixou vítimas e foi contido pela defesa antiaérea do Qatar.