Rio de Janeiro, 17 de Setembro de 2025

Justiça proíbe vôos em Congonhas. Infraero teme novo colapso aéreo

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Terça, 06 de Fevereiro de 2007 às 08:44, por: CdB

A Justiça Federal de São Paulo determinou que, a partir de quinta-feira (8 de fevereiro), ficam proibidas as operações dos aviões Fokker 100 e dos Boeing 737-800 e 737-700 no aeroporto de Congonhas. A Justiça pediu ainda informações adicionais sobre o funcionamento dos Boeing 737-400 e pode também determinar o cancelamento de suas operações no maior aeroporto do país.

A decisão surpreendeu o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, que não entendeu o porquê do cancelamento da operação dos Fokker 100, por exemplo. Segundo ele, são aviões leves e que pousam em pistas com piores condições que a de Congonhas, nos aeroportos do interior do País. Ele já esperava, por exemplo, o cancelamento das operações dos Boeings 737-800, que correriam mais riscos ao operar na pista danificada do aeroporto paulista, mas não pensava que outros Boeings, de menor porte, e Fokkers fossem impedidos de voar em Congonhas.

- Isso significa um caos. Estou preocupado com a imagem que a aviação brasileira terá lá fora. Não tenho idéia de porque o juiz tomou essa decisão, pois os documentos não estão na minha mão. Mas os advogados da empresa me informaram do conteúdo delas. Os detalhes ainda vou saber - disse Pereira.

O brigadeiro disse ainda que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Infraero só recorrerão da decisão depois de se reunirem com o ministro da Defesa, Valdir Pires. Segundo ele, pelo menos uma empresa pode ter suas operações completamente afetadas pela decisão.

- A Ocean Air vai ser duramente afetada. Pode até sair do mercado, porque ela só opera com Fokker 100 e a maior parte de seu vôos está concentrada em Congonhas - explicou o brigadeiro Pereira.

Gol planejava comprar Boeings 737-800

A proibição aos três modelos de aviões vai afetar seriamente a Gol. Embora a assessoria de imprensa da companhia não tenha informado quantas aeronaves desses modelos operam no Aeroporto de Congonhas, inclusive na ponte aérea, os planos da Gol eram de substituir os atuais 737-300 e 737-700 por mais Boeings 737-800, principalmente o modelo com 187 assentos.

No fim do ano passado, a empresa divulgou balanço informando que contava com 30 Boeings 737-700 e um total de 51 Boeings 737-800, sendo 10 com 177 lugares e 11 com 187. Os planos da Gol eram de expandir a frota, este ano, para 36 aviões 737-800 (11 com 177 assentos e 25 com 187), chegando a 91 até 2012, sendo quatro com 177 lugares e 87 com 187 poltronas.

A TAM informou que possui 21 Fokker 100, mas são utilizados apenas nas rotas com pouco tráfego. Nos trajetos com maior demanda, como a ponte-aérea e vôos para Salvador (BA) no Carnaval, opera com Airbus 319 e Airbus 320. A BRA foi procurada, mas ninguém foi encontrado para comentar.

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