A juíza, Allison Burroughs, decidiu a favor da universidade na ação movida contra o governo Trump, que na quinta-feira proibiu a matrícula de estudantes estrangeiros em um novo episódio de seu confronto com a instituição.
Por Redação, com Reuters e Europa Press – de Washington
Um tribunal federal de Massachusetts anulou nesta sexta-feira a proibição imposta pela Casa Branca à matrícula de estudantes estrangeiros na Universidade de Harvard, depois de admitir a moção apresentada poucas horas antes pela própria instituição de ensino.

A juíza, Allison Burroughs, decidiu a favor da universidade na ação movida contra o governo Trump, que na quinta-feira proibiu a matrícula de estudantes estrangeiros em um novo episódio de seu confronto com a instituição de ensino, que acusa de ser um terreno fértil para o antissemitismo e o comportamento “pró-terrorista” em favor da causa palestina na guerra de Gaza.
Burroughs, segundo a CNN, é o mesmo juiz que está deliberando sobre outro processo de Harvard contra uma ordem de Trump que congela cerca de 2,5 bilhões de euros em fundos federais.
Universidade de Harvard processou o governo Trump
A Universidade de Harvard processou o governo Trump nesta sexta-feira devido à decisão do presidente Donald Trump de revogar habilitação da instituição de matricular estudantes internacionais.
Em uma ação apresentada no tribunal federal de Boston, Harvard chamou a revogação de “violação flagrante” da Constituição dos EUA e de outras leis federais, e teve um “efeito imediato e devastador” sobre a universidade e mais de 7 mil portadores de visto.
“Com uma canetada, o governo busca eliminar um quarto do corpo discente de Harvard, estudantes internacionais que contribuem significativamente para a Universidade e sua missão”, disse Harvard.
“É o ato mais recente do governo em clara retaliação por Harvard ter exercido seus direitos da Primeira Emenda para rejeitar as exigências do governo de controlar a governança, o currículo e a ‘ideologia’ do corpo docente e dos alunos de Harvard”, acrescentou a universidade.
Na quinta-feira, a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, ordenou o cancelamento da certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio de Harvard, a partir do ano acadêmico de 2025-2026.
Ela acusou Harvard de “promover a violência, o antissemitismo e a coordenação com o Partido Comunista Chinês”.
Governo Trump impede Harvard de ter estudantes estrangeiros
O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos anunciou na quinta-feira que a Universidade Harvard, em Cambridge, está proibida de admitir estudantes estrangeiros.
A medida do governo Donald Trump é válida até mesmo para alunos que já estudam na instituição de ensino norte-americana, a mais prestigiada dos EUA. Com isso, eles precisarão ser transferidos.
No comunicado, a administração do republicano acusou Harvard de tomar uma “conduta pró-terrorismo” e defendeu que a medida foi colocada em prática pela recusa a cumprir as normas exigidas pelo governo.
– Harvard teve várias chances de fazer a coisa certa, mas se recusou. Com isso, perdeu a certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio por não cumprir a lei – informou a nota da secretária de Segurança Interna, Kristin Noem, acrescentando que a universidade “fomentou a violência e o antissemitismo”.
A faculdade, por sua vez, defendeu que a ação do governo é ilegal e garantiu que permanecerá comprometida em “manter a habilidade de receber estudantes e professores de mais de 140 países”.