Rio de Janeiro, 15 de Setembro de 2025

Juros continuam exagerados no país

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Segunda, 29 de Janeiro de 2007 às 10:23, por: CdB

Levantamento do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira, mostrou que os juros passaram de 59,3% ao ano em dezembro de 2005 para 52,1% no mês passado. Logo, embora a taxa média de juros cobrada da pessoa física tenha apresentado um recuo superior a sete pontos percentuais em 2006, sendo 1,5 ponto só entre novembro e dezembro, o ganho dos bancos não caiu na mesma proporção. Os juros cobrados no país, portanto, continuam bem acima da taxa de referência de mercado, a Selic, que recuou 4,75 pontos percentuais no ano passado e encerrou o período em 13,25% ao ano.

O spread (diferença entre o custo de captação das instituições financeiras e a taxa efetiva cobrada dos clientes) foi reduzido em apenas 3,2 pontos, para 39,6 pontos percentuais. Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, o spread não tem que cair na mesma intensidade dos juros, mas a queda deveria ter sido maior em 2006.

- Talvez por força da inadimplência o spread não tenha caído tanto - disse Lopes.

A taxa de inadimplência da pessoa física encerrou o ano em 7,6%. Em dezembro de 2005, estava em 6,7%, segundo a empresa de análise de crédito Serasa. O mesmo movimento aconteceu nas operações destinadas às pessoas jurídicas. Para as empresas, a taxa de juros passou de 26,6% em novembro para 26,2% em dezembro. No ano, a queda foi de 5,5 pontos percentuais. Já o spread caiu apenas 0,3 ponto em 12 meses. A inadimplência, no caso é de 2,7%.

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