Recuou, em todo o pais, a taxa média de juros cobrada nas operações de empréstimo pessoal. No cheque especial, porém, o patamar é o mesmo de dezembro passado, segundo pesquisa divulgada pela Fundação Procon-SP, divulgada nesta quarta-feira. O levantamento, fechado no último dia 3, mostra que os juros dos empréstimos cobrados pelos bancos cairam 0,07 ponto percentual em relação a dezembro, para 5,30% ao mês, enquanto a taxa mensal do cheque especial manteve-se em 8,15% pelo terceiro mês consecutivo.
Embora mostre uma tendência de queda, o juro cobrado nos empréstimo se mantém alto, se comprado à taxa básica da economia (Selic), atualmente em 13,25% ao ano ou 1,04% ao mês.
Para as instituições financeiras, o nível de inadimplência tem sido o principal argumento para não diminuir substancialmente as taxas ao consumidor. Técnicos do Procon avaliam que nesta época do ano, em que o bolso do consumidor está tão comprometido com impostos, taxas, matrículas e despesas com material escolar, as compras por impulso e a contratação de empréstimos desnecessários podem desequilibrar seriamente o orçamento.
"O consumidor deve priorizar o pagamento de dívidas e, se possível, utilizar o cheque especial somente em situações emergenciais e de curto prazo", diz o relatório.
Segundo o Procon-SP, entre os bancos pesquisados, apenas o Bradesco elevou o juro do empréstimo pessoal em janeiro, de 5,57% para 5,59% ao mês. Já as quedas foram verificadas no HSBC e no Real. O primeiro reduziu a taxa mensal de 4,70% para 4,18%. O segundo diminuiu de 6,50% para 6,30%. As demais instituições não alteraram suas taxas no empréstimo pessoal.
Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em razão do prazo do contrato, o Procon estipula o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo. Vale lembrar que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.
O levantamento do Procon envolveu dez instituições financeiras: HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Nossa Caixa, Real e Unibanco.