A imprensa chilena revelou, quase 20 dias após a morte do general Augsuto Pinochet, que o Exército negou pedido da família para depositar suas cinzas em algum lugar de honra da instituição militar.
Pinochet serviu quase toda a vida no Exército até chegar à Presidência, depois de liderar um sangrento golpe contra o governo do presidente socialista Salvador Allende em 1973.
Segundo o jornal chileno La Nación, o atual chefe do Exército, Oscar Izurieta, rejeitou o apelo da família de colocar as cinzas de Pinochet na Escola Militar - instituição da elite no Chile e onde seu corpo foi velado durante dois dias. Izurieta também disse não à possibilidade de que as cinzas fossem depositadas em qualquer outro endereço do Exército.
No governo do presidente Ricardo Lagos, antecessor da presidente Michelle Bachelet, já se havia descartado, de acordo com a imprensa chilena, que Pinochet tivesse uma tumba "napoleônica", como sonhara, na mesma Escola Militar.
A poucos dias da morte de Pinochet, no início deste mês, Izurieta teria sugerido que as cinzas do homem que governou o país durante 17 anos fossem jogadas na Carretera Austral (estrada Austral), construída em sua administração.
Sua mulher, Lucía Hiriart, e seus filhos recusaram a oferta. Sem mais alternativas, a família de Pinochet optou por deixar as cinzas no sítio Los Boldos, onde passaram longas temporadas quando ele estava vivo. Ali, os restos do general estão sendo vigiados por soldados do Exército.
Pinochet foi cremado depois do velório na Escola Militar, onde seguidores fizeram fila para ver seu corpo.
Jornal diz que exército chileno rejeitou as cinzas de Pinochet
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Quarta, 27 de Dezembro de 2006 às 19:37, por: CdB