Depois de se consagrar campeã na Copa do Mundo do Brasil, em 2014, seleção alemã de futebol está pronta para enfrentar o desafio na Rússia, diz Joachim Löw à DW. Mas é preciso manter a ambição. E o clima é outro, lembra
Por Redação, com DW e Reuters- de Moscou/Bruxelas:
Em entrevista à Deutsche Welle (DW), o técnico da seleção alemã de futebol, Joachim Löw, comentou a futura participação da equipe na Copa do Mundo de 2018, na Rússia.
Indagado sobre as perspectivas de a Alemanha se tornar novamente campeã do mundo, repetindo a vitória no Brasil, três anos atrás, ele explicou: "Vai ser preciso um esforço gigantesco; uma concentração e, acima de tudo, nunca ceder".
– Pode ser que a pessoa perca a 'fome', e isso significa que outros talvez sejam ainda mais ambiciosos e de algum jeito a derrube do pedestal. Por isso, a tarefa mais difícil é sempre ficar nesse nível alto, sem cair – completou o técnico; que comanda a seleção desde 2006.
Além das diferenças climáticas em relação ao Brasil; local do Mundial de 2014, Löw também considera a pressão das expectativas um fator relevante para os craques alemães no próximo torneio.
– No Brasil foi muito quente, o horário das partidas também era outro. Lá nós não estávamos tão em foco; desde o início, porque se dizia que nunca um europeu tinha conquistado um título em solo sul-americano – declarou o técnico.
Rússia
– Na Rússia, vamos provavelmente ser, não há como evitar; os favoritos neste torneio: campeões do mundo; vencedores da Copa da Confederações, conseguimos uma boa qualificação. A pressão está sempre lá, e eu acho que na Rússia ela vai ser um pouco maior sobre o nosso time.
Mesmo assim, o experiente técnico de 57 anos tem uma noção bem definida do que poderá contribuir para a vitória na Rússia: "Acho que dá para dizer numa frase, mesmo; que talvez soe gasta ou banal: cada um deve se concentrar 100% na própria tarefa."
Marrocos
As comemorações em Bruxelas, no sábado, para marcar a volta da seleção do Marrocos às eliminatórias da Copa do Mundo de futebol; pela primeira vez em duas décadas ficaram violentas quando participantes entraram em confronto com a polícia; incendiando carros e ferindo 22 policiais.
As imagens nas redes sociais mostraram carros derrubados e incendiados, além de vitrines quebradas no centro de Bruxelas, bem como caminhões policiais disparando jatos de água contra a multidão reunida em frente à bolsa de valores da cidade.
De acordo com a polícia de Bruxelas, cerca de 1,5 mil pessoas se reuniram para celebrar a vitória do Marrocos por 2 a 0 sobre a Costa do Marfim e aproximadamente 300 delas começaram a se comportar de forma violenta e atacaram policiais e bombeiros, incendiando carros e lixeiras.
Mais de 100 mil pessoas de origem marroquina vivem em Bruxelas. A Bélgica presenciou a chegada de trabalhadores marroquinos nas décadas de 1960 e 1970.
De acordo com a justiça belga, ninguém havia sido detido na manhã deste domingo. O ministro do Interior da Bélgica, Jan Jambon, prometeu punir os responsáveis e considerou o incidente inaceitável.
– O problema fundamental é que tais eventos são usados como desculpa para comportamento inadequado e para fazer coisas inaceitáveis – afirmou Jambon à Radio 1. “Temos imagens de câmeras; quem quer que tenha feito isso vai pagar, não há como se safar”, acrescentou o ministro.