Um porta-voz do Irã disse que o país responderia contra qualquer ato de agressão.
Teerã insiste que seu programa nuclear é pacífico tendo como objetivo a produção de energia.
Treinamento
A reportagem do Sunday Times, publicada na manchete da edição deste domingo, diz que dois esquadrões da força aérea israelense estão sendo treinandos para explodir uma instalação iraniana usando armas nucleares chamadas de "bunker-busters".
"O ataque seria o primeiro com armas nucleares desde 1945, quando os Estados Unidos jogaram bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki. As armas israelenses teriam, cada uma, uma força equivalente a 1/15 da bomba de Hiroshima", descreve o texto.
Uma das fontes disse aos jornalistas do Sunday Times que "assim que o sinal verde for dado, será uma missão, um ataque e o projeto nuclear iraniano será destruído".
De acordo com as fontes, armas convencionais não seriam suficientes para liquidar as instalações porque "muitas foram construídas a pelo menos 20 metros subterrâneos de concreto e rochas".
No entanto, as fontes anônimas afirmaram que as armas nucleares seriam usadas apenas se um ataque convencional fosse descartado e se os Estados Unidos se recusassem a interferir no conflito.
Urânio
Em 2003, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) comunicou que o Irã ocultara um programa de enriquecimento de urânio por 18 anos.
Países do Ocidente que integram a AIEA pediram ao Irã que se comprometesse a acabar com as atividades de enriquecimento de forma permanente, mas o país tem se recusado a fazer isso e abandonou uma suspensão temporária.
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, diz que o uso da tecnologia nuclear para fins pacíficos é um direito do povo iraniano.
Segundo o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), um país tem o direito de enriquecer seu próprio combustível para geração de energia nuclear com fins civis, sob a inspeção da AIEA.
O Irã afirma que está fazendo o que é permitido. O país afirma que precisa de energia nuclear e quer controlar todo o processo sozinho.
As potências do Ocidente temem que o Irã, sigilosamente, tente desenvolver uma bomba nuclear ou a capacidade de fazer uma bomba, mesmo se não tiver decidido fazer a bomba agora.