Segunda, 07 de Fevereiro de 2022 às 07:24, por: CdB
O Pegasus, uma ferramenta de hacking de celular feita pelo Grupo NSO de Israel, foi usado para "phishing de inteligência antes mesmo de qualquer investigação ter sido aberta contra os alvos, e sem mandados judiciais", disse o Calcalist em uma reportagem sem fontes.
Por Redação, com Reuters - de Jerusalém
Israel anunciou nesta segunda-feira que está montando uma comissão estatal de inquérito depois que um jornal noticiou o uso ilícito pela polícia de um poderoso spyware contra confidentes do ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e uma série de outras figuras públicas.
Israel anuncia inquérito sobre escândalo envolvendo software
O Pegasus, uma ferramenta de hacking de celular feita pelo Grupo NSO de Israel, foi usado para "phishing de inteligência antes mesmo de qualquer investigação ter sido aberta contra os alvos, e sem mandados judiciais", disse o Calcalist em uma reportagem sem fontes.
Esses alvos incluíam um filho e dois assessores de Netanyahu, que está sendo julgado por acusações de corrupção, bem como um co-réu e várias testemunhas e, separadamente, dois ex-funcionários suspeitos de vazamentos para jornalistas, segundo o Calcalist.
Advogados de Netanyahu, que nega irregularidades, pediram que os processos contra ele sejam suspensos. Mas um porta-voz do tribunal disse que não sabia se tal pedido havia sido apresentado aos juízes, que estavam conduzindo o julgamento na segunda-feira, conforme programado.
As descobertas de Calcalist
O primeiro-ministro Naftali Bennett, que substituiu Netanyahu em junho, considerou as descobertas de Calcalist "muito sérias, se verdadeiras".
– Esta ferramenta (Pegasus) e ferramentas semelhantes são ferramentas importantes na luta contra o terrorismo e crimes graves, mas não se destinam a ser usadas em campanhas de phishing direcionadas ao público ou autoridades israelenses, e é por isso que precisamos entender exatamente o que aconteceu – disse ele em um comunicado.