O principal indicador de inflação do país abriu o ano em ritmo mais fraco, refletindo um balanço entre custos menores com transportes e preços mais altos de alimentos e do álcool, mostraram dados divulgados nesta sexta-feira.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que baliza a política de metas de inflação do governo, desacelerou levemente e fechou janeiro com alta de 0,44%, depois de subido 0,48 % em dezembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O dado ficou um pouco abaixo das estimativas dos economistas. Analistas consultados pela Reuters esperavam, em média, que o IPCA tivesse uma alta de 0,51 % em janeiro. Os prognósticos dos 28 analistas consultados variaram de 0,42 a 0,68 %, o equivalente a uma mediana de 0,48 %.
As tarifas de ônibus urbanos, que registraram alta de 4,61 % em dezembro, tiveram um ganho de 1,66 % em janeiro. O álcool, por outro lado, ficou 7,23 % mais caro para o consumidor, por causa do período de entressafra da cana-de-açúcar, informou o IBGE.
Os preços de alimentos também ficaram mais altos, refletindo o período de chuvas do início do ano que prejudica o plantio e a colheita. O tomate, por exemplo, ficou 27,42 % mais caro em janeiro, assim como as hortaliças, que registraram um aumento de 10,33 %.
Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 2,99 %.
A meta de inflação fixada pelo governo para o ano é de 4,5 %, com margem de variação de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo.