Inundação deste tipo é incomum na Grécia; cuja infraestrutura deficiente pode deixar os cidadãos vulneráveis a inundações.
Por Redação, com Reuters - de Mandra, Grécia
Ao menos 15 pessoas morreram em inundações-relâmpago na região de Ática, no sul da Grécia, nesta quarta-feira. O incidente foi o mais mortífero dos últimos anos, quando uma torrente de lama vermelha varreu cidades a oeste da capital Atenas. A inundação ocorreu depois de chuvas pesadas, disseram autoridades.
Chuvas torrenciais deste tipo são incomuns na Grécia; cuja infraestrutura deficiente pode deixar os cidadãos vulneráveis a inundações. O dilúvio desencadeado da noite para o dia transformou ruas das cidades industriais de Nea Peramos e Mandra; cerca de 27 quilômetros a oeste de Atenas, em rios velozes. Dezenas de pessoas ficaram prisionadas em suas casas ou carros.
Desastre bíblico
Alguns moradores foram obrigados a subir em telhados e sacadas enquanto carros eram lançados contra varandas ou virados de lado. Doze pessoas foram resgatadas de um ônibus em uma ponte.
— Este é um desastre bíblico. Tudo se foi — disse Yianna Krikouki, prefeito de Mandra, à emissora estatal ERT.
Veículos pesados, um ônibus e carros ficaram presos debaixo de mais de um metro de água em uma via expressa próxima. A força da água rompeu muros e invadiu estradas.
— As paredes ruíram, os carros foram arrastados e quebraram tudo aqui. Não sobrou nada. A água está em todos os lugares da casa — disse a moradora de Mandra Marina Kolia.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, convocou diversos ministros para uma reunião em que será feito o primeiro balanço dos prejuízos e analisadas as prioridades imediatas. Nos três municípios afetados foi decretado o estado de emergência.
A catástrofe nesta zona dos arredores da capital da Grécia ocorreu um dia após ter sido declarado o estado de emergência na ilha de Simi; no arquipélago do Dodecaneso. Graves inundações deixaram numerosos estragos no local. Mas não causaram vítimas.