Segundo a FGV, o resultado de janeiro “reforça a ideia de que será difícil, pelo menos em curto prazo, ver a incerteza econômica oscilar em torno de sua média histórica de 100 pontos”.
Por Redação - de São Paulo
O Indicador de Incerteza da Economia, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 2,2 pontos de dezembro de 2017 para janeiro de 2018. O indicador chegou a 109,6 pontos, em uma escala de zero a 200.
Segundo a FGV, o resultado de janeiro “reforça a ideia de que será difícil, pelo menos em curto prazo, ver a incerteza econômica oscilar em torno de sua média histórica de 100 pontos”. Ainda há incertezas em torno da situação fiscal do país e de questões político-partidárias.
A alta do indicador foi influenciada pelos componentes de mídia (que se baseiam na frequência de notícias com menção à incerteza na imprensa); que subiu 1,7 ponto. E de mercado (baseado na volatilidade do mercado acionário, medido pelo Ibovespa); que cresceu 7,1 pontos. O componente de expectativa (construído a partir das dispersões das previsões de especialistas para a taxa de câmbio e para o IPCA) recuou 0,8 ponto.
Setor imobiliário
O desânimo dos brasileiros quanto à sua economia se reflete, principalmente, no setor da Construção Civil. O financiamento imobiliário no Brasil com recursos da caderneta de poupança (SBPE) somou R$ 3,68 bilhões em dezembro; uma queda de 31,6% ante mesma etapa do ano anterior. É o que informou, nesta terça-feira, a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
No ano passado como um todo, a queda foi de 7,4%. Para 2018, a entidade prevê alta de 10% nos financiamentos concedidos dentro do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).