Quase a totalidade das imigrantes equatorianas e colombianas que se dedicam à prostituição e ao serviço doméstico são conscientes do trabalho que vão realizar neste país, e não chegam à Espanha através do tráfico de mulheres para exploração laboral e sexual, revela o informe "Tráfico e imigração de mulheres na Espanha: colombianas e equatorianas nos serviços domésticos e sexuais". Mais detalhes em espanhol. O estudo - apresentado pelo ONG Acsur-Las Segovias - revela que as mulheres colombianas se dedicam à prostituição em sua maioria e as equatorianas ao serviço doméstico. Estas mulheres, entre 19 e 50 anos em sua maioria não se livram da precariedade nem da exploração trabalhista ao chegar a Espanha. "O golpe é que não se especifica o tipo de trabalho que vai ser dado às imigrantes, somente o tempo do contrato necessário para a dívida gerada pelas despesas de ida para a Espanha e que ao chegar neste país, ainda duplicar ou triplicar", afirmou Marcela Ulloa, coordenadora do Programa Contra el Tráfico de Mujeres da organização Las Segovianas. Para combater este tipo de situação, a ONG Acsur-Las Segovias acredita que seja necessário realizar um estudo mais profundo da legislação sobre tráfico de pessoas, serviço doméstico e prostituição, além de abrir a possibilidade de regularização da situação destas imigrantes. Em sua opinião, torna-se fundamental proteger os direitos humanos destes grupos, independentemente da existência do tráfico do tráfico de pessoas ou da regularização formal da sua situação. Dessa forma, a ONG anunciou a criação de uma rede de intercâmbio de informações e estratégias entre as organizações de mulheres e imigrantes para possibilitar a melhora da realidade destas mulheres imigrantes.
Imigrantes latino-americanas são exploradas na Espanha
Arquivado em:
Quinta, 13 de Dezembro de 2001 às 16:34, por: CdB