Mortalidade hospitalar de acordo com a gravidade e utilização de recursos são os parâmetros avaliados para entrega do certificado.
Por Redação, com ACS – de Brasília
O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE) recebeu o certificado UTI Eficiente. O HC é uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). E o selo é um reconhecimento concedido às Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de todo o país que apresentaram boa eficiência em 2024, de acordo com as Matrizes de Eficiência geradas pelo sistema Epimed Monitor, em parceria com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib).

A certificação foi entregue pelo representante da Sociedade de Terapia Intensiva de Pernambuco (Sotipe), Arthur Faria, à chefe da UTI geral do HC, Michele Godoy. Além deles e de profissionais da UTI, participaram da entrega o gerente de Atenção à Saúde, Glauber Leitão; a chefe do Setor de Paciente Crítico, Taciana Santos; e a chefe da Unidade de Apoio à Gestão em Enfermagem, Priscila Burégio, representando a Divisão de Enfermagem.
– Essa conquista reflete o comprometimento da equipe multiprofissional do HC com a qualidade da assistência, a segurança do paciente e a busca contínua por resultados clínicos positivos. O selo é um reconhecimento conferido às UTIs que apresentam bons indicadores de desempenho assistencial, avaliando o uso de recursos e a taxa de mortalidade ajustada ao risco nos processos de cuidado por meio de uma plataforma adotada por centenas de UTIs no Brasil – explica a médica intensivista Janny Leonor.
A Epimed é uma plataforma de dados alimentada pelos profissionais da UTI que analisa indicadores assistenciais de cada paciente crítico. “Na nossa UTI, morrem menos pacientes do que o esperado na admissão deles. Salvamos vidas usando os recursos adequados”, comenta a chefe da UTI, Michele Godoy.
Com o resultado, é possível orientar políticas de saúde e estratégias para melhorar o cuidado dos pacientes críticos no País e a eficiência das UTIs. O HC ficou entre aqueles que obtiveram resultado entre 33% e 50%, nas Matrizes de Eficiência em dois parâmetros: mortalidade hospitalar de acordo com a gravidade e utilização de recursos, também ajustada à gravidade.
Sobre a Ebserh
O HC-UFPE faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Mais Médicos
O Governo Federal lançou um novo edital do Mais Médicos para ampliar o acesso à atenção primária no Sistema Único de Saúde (SUS). São 3.174 vagas disponíveis para inscrição a partir de segunda-feira, nas 27 Unidades Federativas . Desse total, 3.066 vagas serão distribuídas em 1.620 municípios e 108 são destinadas a 26 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). A intenção é fortalecer a assistência nas regiões remotas e de maior vulnerabilidade social. Os médicos interessados podem se inscrever até o dia 8 de maio .
– Existe uma importante conexão entre o Mais Médicos e o esforço contínuo em acelerar o atendimento especializado no SUS, uma das principais preocupações da nossa gestão. A atuação integrada desses profissionais vai facilitar o acesso à média e alta complexidade para todos os cidadãos – disse Alexandre Padilha, ministro da Saúde
Distribuição
A oferta das vagas considera o cenário atual de distribuição de profissionais no país, segundo a Demografia Médica 2025. Lançada na última quarta-feira, o estudo aponta a proporção de médicos por habitante nas diferentes regiões. A prioridade do Mais Médicos é atender as de maior vulnerabilidade social e com menor número de profissionais. As vagas contemplam, em sua maioria, regiões vulneráveis de municípios de pequeno porte (75,1%), médio porte (11,1%) e grande porte (13,8%).
Saúde da Família
Os profissionais do programa integram as equipes de Saúde da Família, que oferecem atendimento e acompanhamento mais próximos da população. Quando necessário, encaminham os pacientes a consultas com especialistas. As informações são registradas no Prontuário Eletrônico (e-SUS APS), o que permite a integração dos dados do paciente entre a atenção primária e a especializada, incluindo consultas e exames.
Conexão
– Existe uma importante conexão entre o Mais Médicos, o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde , e o esforço contínuo em acelerar o atendimento especializado no SUS, uma das principais preocupações da nossa gestão. A atuação integrada desses profissionais vai facilitar o acesso à média e alta complexidade para todos os cidadãos – afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Melhor cuidado
– Mais uma vez, o Mais Médicos cumpre o papel de levar profissionais às áreas mais remotas e de maior vulnerabilidade, ao mesmo tempo em que possibilita ofertas de formação para os médicos, que vão desde a especialização em Medicina de Família e Comunidade até o mestrado e doutorado em Saúde da Família. Isso significa melhor cuidado para a população e profissionais qualificados para a atenção primária – disse o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Felipe Proenço.
Três perfis
As oportunidades estão distribuídas entre três perfis: médicos formados no Brasil com registro no CRM, médicos brasileiros formados no exterior e médicos estrangeiros habilitados. Para esses dois últimos perfis, é obrigatória a aprovação no Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), um treinamento específico para atuação em situações de urgência, emergência e enfrentamento de doenças prevalentes nas regiões de trabalho.
O que é
O Mais Médicos garante assistência a mais de 63 milhões de brasileiros em todo o país. Com a meta de alcançar 28 mil profissionais, o programa atualmente conta com cerca de 24,9 mil médicos atuando em 4,2 mil municípios, o que representa 77% do território nacional. Dentre essas localidades, 1,7 mil apresentam altos índices de vulnerabilidade social. Em dezembro de 2024, o programa alcançou um marco histórico ao registrar o maior número de médicos em atividade nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), com 601 profissionais atuando nessas regiões.
Cadastro reserva
Em março, o Ministério da Saúde lançou um novo chamamento público para adesão e renovação de vagas, com uma importante novidade: a possibilidade de cadastro reserva. Ao todo, 2.450 municípios e oito Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) que já haviam preenchido vagas por meio de editais anteriores puderam ingressar no cadastro reserva. Esse mecanismo oferece flexibilidade e agilidade na reposição de profissionais, permitindo que municípios e DSEIs atendam rapidamente à demanda por médicos assim que a necessidade for identificada.