Rio de Janeiro, 12 de Setembro de 2025

Hospital da Mãe investe em projeto terapêutico

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Quarta, 08 de Novembro de 2017 às 10:57, por: CdB

O polvo de crochê, popularizado inicialmente na Dinamarca e que agora se espalha por diversos países, está ganhando espaço nas maternidades do Estado do Rio

Por Redação, com ACS - do Rio de Janeiro:

Uma delicada invenção está fazendo a diferença nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e Intermediárias (UIs) do Hospital da Mãe, em Mesquita, e vem tornando a maternidade um ambiente mais acolhedor e confortável para os recém-nascidos. O projeto Polvo Terapêutico conta também com a oficina Colo de Mãe, recentemente implantada na unidade.

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Método proporciona relaxamento durante internação do recém-nascido

O polvo de crochê, popularizado inicialmente na Dinamarca e que agora se espalha por diversos países; está ganhando espaço nas maternidades do Estado do Rio e traz a proposta inovadora de resgatar a sensação do ambiente intrauterino ao bebê internado.

O material é colocado dentro da incubadora para que a criança interaja naturalmente com os tentáculos; que se assemelham ao cordão umbilical, promovendo a sensação natural de segurança e conforto ao bebê, reforçando a união entre mãe e filho.

Brinquedo

Além de um brinquedo, os bichinhos têm tido efeitos positivos na maternidade; que vão desde a sensibilidade no conforto da criança até o auxílio na situação clínica do bebê; estimulando o seu desenvolvimento.

– Os profissionais, atentos aos resultados, observam que com o uso do polvo; há maior sensação de acolhimento e a criança fica mais calma; com os sinais vitais e a frequência respiratória mais estáveis; contribuindo e complementando o tratamento medicamentoso necessário – explicou a coordenadora da Fisioterapia e responsável pelo projeto na unidade, Fernanda Melino.

A técnica facilita também na realização dos procedimentos médicos, já que nessa primeira fase, os bebês têm estímulos naturais para tatear o que há em sua volta. Ao segurar os tentáculos, os pequenos ficam mais tranquilos.

– Percebo que o polvinho faz diferença no comportamento dela. Ela parece mais confortável – afirmou a mãe da pequena Esther, Marcela da Silva Ferreira.

Produtos

Confeccionados 100% em algodão e enchimento sintético para evitar a proliferação de fungos, os produtos seguem um rígido protocolo de segurança, orientados pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da unidade.

Eles obedecem medidas (não devendo passar de 22cm) e materiais específicos, além de passar por processos de lavagem para que o produto esteja apto para o uso da criança. Vale lembrar que o polvo é de uso exclusivo do bebê que, ao receber alta hospitalar, pode levá-lo para casa.

O Hospital Estadual da Mãe é pioneiro neste projeto na rede pública do estado, reforçando a importância das práticas humanizadas.

– Esse projeto é mais uma ação de humanização que a secretaria promove para reforçar a qualidade no atendimento das maternidades estaduais – disse o secretário de Saúde, Luiz Antonio Teixeira Júnior.

Referência em atendimento humanizado

Feitos por voluntários

Após as primeiras doações, por iniciativa de colaboradores da unidade – o Hospital da Mãe criou a oficina Colo de Mãe em abril deste ano, onde funcionários voluntários, familiares e colaboradores se reúnem para ensinar, aprender e confeccionar os polvos para os pequenos pacientes. As oficinas acontecem mensalmente e promovem interação entre as mães e trocas de experiências.

Humanizado 

O hospital é adepto das técnicas de humanização que visam à qualidade no atendimento. Entre as ações, os serviços de banho de ofurô, Método Canguru e Redes Terapêuticas, que promovem o relaxamento e o bem-estar do recém-nascido, técnicas que também remetem ao ambiente intrauterino.

Para as gestantes, a unidade proporciona o parto humanizado, que inclui métodos não farmacológicos para alívio da dor.

Perfil da unidade 

Inaugurado em junho de 2012, o Hospital Estadual da Mãe de Mesquita é referência no atendimento de gestantes do Sistema Único de Saúde (SUS) com perfil de baixa e média complexidades na Baixada Fluminense. Em maio, a unidade se destacou por uma das menores taxas de cesáreas, que chegou a 23%. Em média, o hospital realizou 728 partos e fez 5.720 atendimentos por mês em 2017.

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