No início desta semana, o líder do Partido pela Liberdade (PVV), Geert Wilders, abriu uma crise no país ao ter deixado o governo por conta de disputas sobre políticas de imigração.
Por Redação, com ANSA – de Amsterdã
Após a extrema direita deixar a coalizão do governo e provocar a renúncia do premiê Dick Schoof, a Holanda anunciou nesta sexta-feira que realizará eleições antecipadas em 29 de outubro.

A informação foi divulgada pela ministra do Interior holandesa, Judith Uitermark, de acordo com relatos da mídia nacional.
No início desta semana, o líder do Partido pela Liberdade (PVV), Geert Wilders, abriu uma crise no país ao ter deixado o governo por conta de disputas sobre políticas de imigração.
Em uma publicação nas redes sociais, Wilders, conhecido como o “Trump holandês”, acusou os ex-aliados de não apoiarem a “política migratória mais severa da história”, um plano que incluía o fechamento das fronteiras para solicitantes de refúgio.
“Sem assinatura em nossos planos de asilo. O PVV deixa a coalizão”, escreveu ele na última terça-feira.
Em seu pronunciamento ao renunciar, Schoof chamou a decisão de Wilders de “irresponsável e inútil”. Sem filiação partidária, o agora ex-premiê havia assumido o poder em julho de 2024, quase oito meses após a vitória do PVV nas eleições gerais de novembro de 2023.
Na ocasião, o partido de ultradireita, no entanto, não obteve maioria para governar sozinho e precisou formar uma aliança com o Partido Popular para Liberdade e Democracia (VVD), o Novo Contrato Social (NSC) e o Movimento Agricultor-Cidadão (BBB), todos de orientação conservadora.
Eleição antecipada
A eleição antecipada na Holanda ocorre em um momento de ascensão da extrema direita na Europa e deve ser mais um teste para medir a insatisfação dos europeus com a migração e avaliar a unidade dos países do bloco sobre como lidar com a Rússia e impulsionar o apoio ao presidente dos EUA, Donald Trump.