A operação ocorre em meio ao aumento dos confrontos entre traficantes da facção e milicianos na comunidade vizinha, no Catiri.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
Agentes da 34ª DP (Bangu) deflagraram, na manhã desta quinta-feira, uma operação que mira enfraquecer o ‘Bonde dos Crias’, grupo criminoso vinculado ao Comando Vermelho e com forte presença na Vila Kennedy, Zona Oeste do Rio.
Os policiais tentam cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra suspeitos de tráfico, homicídios, extorsão e uso de veículos adulterados.
A operação ocorre em meio ao aumento dos confrontos entre traficantes da facção e milicianos na comunidade vizinha, no Catiri. Moradores relatam casos de toque de recolher, execuções e bloqueios ao transporte alternativo, impostos pelos criminosos em meio à disputa por território.
Equipes da Polícia Civil também atuam na fiscalização de veículos, como motocicletas adulteradas ou roubadas, com apoio de peritos criminais e reboques. A ação conta com apoio de unidades especializadas e departamentos estratégicos da corporação.
A Operação Contenção tem como foco desarticular a logística, o financiamento e a estrutura operacional do Comando Vermelho na região. Desde o início da ofensiva, a Justiça já determinou o bloqueio de mais de R$ 6 bilhões em bens e valores ligados à facção.
Polícia Civil deflagra operação contra autores de torturas em Teresópolis
Policiais civis da 110ª DP (Teresópolis), em conjunto com policiais militares, deflagraram a “Operação Canadian”, nesta quinta-feira, que mira criminosos que torturam moradores da Comunidade das Paineiras, em Teresópolis. A ação acontece depois da investigação de um homicídio, ocorrido em abril, na localidade. Até o momento, duas pessoas foram detidas.
As investigações começaram em 22 de abril, quando uma das vítimas morreu. A pessoa foi torturada pelo simples fato de ter achado um celular na rua e querer entregar ao proprietário, enquanto os criminosos queriam ficar com o telefone. Na época, a pessoa parou em um bar na comunidade e comentou que o proprietário do aparelho estava mandando mensagem e iria devolvê-lo. Os autores, contudo, queriam quebrar o telefone e, diante da resistência da vítima, iniciou-se uma sessão de tortura. As agressões foram brutais, utilizando-se de pedaços de madeira, a ponto da vítima ficar desacordada no chão. Dois dias depois, ela faleceu.
Não contentes com a tortura e subtração do celular, os criminosos ainda roubaram o dinheiro que estava com a vítima, que havia acabado de receber seu salário. As investigações apontam que os torturadores ainda tentaram se justificar para a família do agredido, dizendo que ele teria roubado um telefone na favela e eles teriam recebido ordem para aplicar um castigo no morador, para servir de exemplo.
As ações desta quinta visam esses criminosos que impõe o terror nos moradores da comunidade. Agentes cumprem mandados de prisão e também de busca e apreensão contra menores infratores.