Harvard respondeu à ordem do Executivo, a qual chamou de “a enésima ação retaliatória ilegal do governo, em violação aos direitos da Primeira Emenda de Harvard”.
Por Redação, com ANSA – de Washington
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quarta-feira ter vetado o visto a estudantes estrangeiros na universidade de Harvard, que, por sua vez, definiu a medida como “retaliação”.

“Decidi que é necessário limitar o ingresso de cidadãos estrangeiros que buscam entrar nos EUA exclusivamente ou principalmente para participar de um curso de estudos em Harvard ou em um programa de intercâmbio oferecido pela universidade”, diz comunicado em nome de Trump.
Ainda na quarta, Harvard respondeu à ordem do Executivo, a qual chamou de “a enésima ação retaliatória ilegal do governo, em violação aos direitos da Primeira Emenda de Harvard”.
“Harvard continuará a proteger seus estudantes internacionais”, declarou um porta-voz da instituição.
Na semana passada, o Departamento de Segurança Interna enviou à universidade um “aviso de intenção de retirada” do programa para estudantes e visitantes de intercâmbio, o Student and Exchange Visitor Program (Sevp).
O aviso, com cinco páginas, elencou diversos motivos pelos quais o governo lançou a medida para barrar Harvard de acolher estudantes estrangeiros, entre eles, há a acusação que a instituição “não cumpriu as obrigações de prestação de contas relativas aos estudantes internacionais e não mantém um ambiente livre de violência e antissemitismo”.
Trump proíbe entrada nos EUA de cidadãos de 12 países
O presidente Donald Trump proibiu a entrada nos Estados Unidos de viajantes de 12 países por motivos de “segurança nacional”.
A lista engloba Afeganistão, Chade, Eritreia, Guiné Equatorial, Haiti, Iêmen, Irã, Líbia, Myanmar, República do Congo, Somália e Sudão. Além disso, o magnata limitou parcialmente a entrada de cidadãos de sete nações: Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela.
– O recente ataque terrorista [contra uma passeata pró-Israel] em Boulder, no Colorado, evidenciou os perigos extremos que a entrada de cidadãos estrangeiros que não foram controlados de forma adequada representa para nosso país – disse Trump em um vídeo nas redes sociais. O Egito, país de origem de Mohamed Soliman, autor do ataque de Boulder, não foi afetado pelas restrições.
De acordo com a Casa Branca, a medida tem como objetivo proteger os EUA de “terroristas estrangeiros e outras ameaças à segurança nacional”. Além do terrorismo, o governo Trump usou como argumentos a falta de capacidade das autoridades desses países de controlar os próprios territórios e as elevadas taxas de permanência irregular de seus cidadãos nos EUA.
A China não é atingida, mas condenou as restrições. “A circulação de pessoas é a base para promover trocas e a cooperação entre os países”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Pequim, Lin Jian.