O governo interino da Somália, que na quinta-feira retomou o controle da capital, Mogadíscio, tentará aprovar lei marcial para assegurar o controle sobre o país. O primeiro-ministro, Ali Mohammed Ghedi, disse que tentará reunir apoio parlamentar para aprovar o regime a partir do sábado.
- Este país vivenciou anarquia, e para restaurar a segurança é preciso mão forte, em especial com as milícias -, disse Ghedi.
Um dia depois de retomar o controle da capital, o governo começou a negociar com líderes tribais que dominam a cidade uma maneira de consolidar seu poder. É a primeira vez que o governo interino controlará Mogadíscio, antes dividida em diversos clãs e, depois, sob a lei islâmica imposta pela UCI.
Para tomar o controle da capital, o governo precisou do apoio de tropas da Etiópia, que descreveu seu papel no conflito apenas como "limitado". Uma resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU em 6 de dezembro previa o envio de forças da União Africana para a Somália, mas proibia expressamente a participação de soldados dos países fronteiriços.
A União Africana pediu à Etiópia que retire suas forças da Somália. Mas não houve consenso no Conselho de Segurança da ONU para aprovar uma resolução pedindo a retirada de todas as tropas estrangeiras do país.
Governo interino quer aprovar lei marcial na Somália
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Sexta, 29 de Dezembro de 2006 às 15:18, por: CdB