Rio de Janeiro, 11 de Setembro de 2025

Futuro primeiro-ministro britânico dá aula de cidadania ecológica

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Sexta, 12 de Janeiro de 2007 às 10:41, por: CdB

O ministro das Finanças da Grã-Bretanha, Gordon Brown, disse que ele e outras pessoas do governo deveriam dar o exemplo quando se trata de combater as mudanças climáticas, notando que raramente voa para fora do país apenas por lazer e que prefere dirigir carros menores. Brown, apontado como sucessor do primeiro-ministro Tony Blair quando este deixar o cargo ainda neste ano, também chamou atenção para a necessidade de todos os países trabalharem juntos a fim de que se breque o aquecimento global, afirmando que o tema era uma de suas prioridades.

Os comentários feitos pelo ministro na noite de quinta-feira apareceram depois de Blair ter despertado a fúria dos ambientalistas ao dizer que não estava disposto, mesmo que para salvar o planeta, a abrir mão das viagens de longa distância feitas nas férias.

- Não acredito que, no mundo moderno, quaisquer soluções adotadas pelos governantes para serem aplicadas apenas ao povo ou qualquer tipo de pressão funcione. É preciso haver um tanto de responsabilidade individual e social no processo também. Em outras palavras, é preciso convencer as pessoas a ficarem do seu lado. E, por isso, acho que é preciso mostrar por meio de ações que não se está apenas agindo conforme as outras pessoas esperam, mas que se pode realmente fazer alguma diferença agindo dessa forma - disse Brown ao canal de TV Sky News, em um debate sobre as mudanças no clima.

Questionado sobre se adotava medidas compensatórias devido às emissões de gás carbono que provocada em suas viagens, Brown respondeu:

- Neste momento, não viajo muito para o exterior a lazer. Faço, principalmente, viagens de negócios. Mas nós compensamos (pelas emissões). O Tesouro compensa, o Parlamento compensa.

O ministro, que é casado e possui dois filhos, ofereceu detalhes sobre como tentava tomar cuidado a respeito do consumo de energia na sua esfera privada.

- Geralmente, eu uso carros menores. O que estou tentando fazer como um cidadão comum é gastar energia com mais eficiência, melhorar o isolamento (para preservar o calor das casas e escritórios), todas essas coisas. Temos nossa responsabilidade pessoal. Todos deveríamos pensar nas consequências de nossas ações - afirmou.

Esforço individual

Segundo Brown, os esforços feitos individualmente são tão importantes quanto a existência de cooperação entre os governos e de um novo acordo global capaz de substituir o Protocolo de Kyoto depois de 2012.

- Acho que, no próximo ano, vamos ter de trabalhar muito intensamente a respeito disso, a fim de fazermos com que todos os países percebam os benefícios de participar de um sistema global.

O ministro também repetiu um apelo feito ao Banco Mundial, pedindo que a instituição conceda empréstimos e subvenções para os países mais pobres aumentarem a eficiência no gasto de energia. Brown deu essas declarações em um debate televisionado e do qual participaram o presidente da Shell UK, James Smith, e José Manuel Barroso, presidente da Comissão Européia (Poder Executivo da União Européia). Outros especialistas também se manifestaram durante o programa.

Segundo Barroso, enfrentar as mudanças climáticas era um desafio tanto da área ambiental quando da área econômica e da área de segurança.

- Temos de agir agora. Os custos da omissão são realmente enormes - afirmou.

Na quarta-feira, a Comissão Européia apresentou uma política ambiciosa para combater as mudanças climáticas, conclamando o mundo a seguir o exemplo da Europa no corte das emissões dos gases do efeito estufa.

Smith, a seu turno, insistiu que a empresa Royal Dutch Shell, uma gigante do setor energético, estava determinada a ser parte da solução do problema. O presidente da Shell UK previu que os combustíveis fósseis, cuja queima emite uma grande quantidade de gás carbônico, continuariam a ser uma parte crucial do consumo de energia neste século.

- Mas precisamos responder com n

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