Do Vaticano ao Uruguai, dois líderes mostram que lutar por dignidade é um ato diário de coragem, compaixão e resistência diante das injustiças do mundo.
Por Jam Varela – de Brasília
Em tempos marcados por desigualdades profundas, conflitos armados, intolerância e destruição ambiental, o compromisso com os direitos humanos ressurge como uma necessidade urgente.

Nesse cenário, figuras como o papa Francisco e José “Pepe” Mujica representam, cada qual a seu modo, pilares dessa luta, um pela fé, outro pela resistência, simbolizam uma ética que se ancora na dignidade humana, na justiça social e na compaixão ativa pelos que mais sofrem.
O papa Francisco, primeiro pontífice jesuíta e latino-americano, fez do seu ministério uma trincheira contra a exclusão e a indiferença.
Com sua simplicidade e sua crítica corajosa ao sistema econômico excludente apontou para uma concepção de direitos humanos que não se limita ao campo jurídico, mas se estende à vida concreta. Francisco abraçou os marginalizados, promoveu os diálogos inter-religiosos e incentivou a participação popular como forma legítima de transformação social.
Pepe Mujica
Do outro lado, Pepe Mujica percorreu os caminhos da luta armada até chegar a presidência da República do Uruguai. Um guerrilheiro tupamaro, torturado e preso por mais de uma década, Mujica saiu do cárcere com um profundo senso humanista.
Francisco e Mujica, são atores de uma América Latina forjada em resistência, fé e esperança. A trajetória de cada um nos ensina que os direitos humanos não se conquistam apenas com leis ou tratados, mas com escolhas diárias que desafiam o poder e afirmam a dignidade humana.
Jam Varela
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