Rio de Janeiro, 17 de Setembro de 2025

França vê filho de Diack envolvido em compra de votos

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Terça, 05 de Setembro de 2017 às 10:05, por: CdB

Inicialmente, as investigações tinham como alvo a concessão dos Jogos de 2020 para Tóquio, antes de serem ampliadas para incluir a Olimpíada de 2016 no Rio

Por Redação, com Reuters - de Paris:

A Procuradoria financeira da França disse nesta terça-feira que investigações revelaram que o filho do ex-presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf) está no centro de um grande esquema de corrupção.

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Papa Massata Diack

– As investigações revelaram um sistema de corrupção em grande escala com envolvimento de Papa Massata Diack, filho de Lamine Diack; ex-presidente da Iaaf, e de outros membros influentes do Comitê Olímpico Internacional (COI) – disse a Procuradoria financeira francesa, em comunicado.

– Há diversos indícios consistentes de que pagamentos foram feitos em troca de votos de membros da Iaaf; e do Comitê Olímpico Internacional para a escolha de cidades-sede para os maiores eventos esportivos globais – acrescentou.

Inicialmente, as investigações tinham como alvo a concessão dos Jogos de 2020 para Tóquio; antes de serem ampliadas para incluir a Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro.

Na manhã desta terça-feira, a Polícia Federal brasileira realizou buscas na casa do presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman;  e o intimou a prestar depoimento como parte de investigação sobre um suposto esquema internacional de corrupção para compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016.

Eleição olímpica do Rio

O ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) Lamine Diack; que investigadores dizem ter vendido seu voto ao Rio de Janeiro na eleição que escolheu a cidade como sede da Olimpíada de 2016; pode ter influenciado outros membros do COI na votação. Disse nesta terça-feira a procuradora da República Fabiana Schneider.

Segundo a procuradora, o senegalês Diack era muito influente entre membros africanos do COI; que costumam votar em grupo e seguir sua orientação, o que indica que outros votos podem ter sido influenciados pelo esquema de corrupção na eleição de 2009 em Copenhague.

Organização criminosa

De acordo com os investigadores, uma organização criminosa liderada pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral; que está preso, comprou o voto do então presidente da IAAF Lamine Diack por US$ 2 milhões; em um esquema que contou com o apoio do presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman.

Nuzman foi alvo de mandado de busca em sua residência no Rio na manhã desta terça-feira e recebeu uma intimação para prestar depoimento à Polícia Federal.

O MPF informou ainda, em entrevista coletiva sobre a operação; que pediu bloqueio de bens de suspeitos de envolvimento no esquema no valor total de R$ 1 bilhão a título de danos morais coletivos.

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