Rio de Janeiro, 14 de Setembro de 2025

Foto de Sônia Hernandes é divulgada por site da polícia dos EUA

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Terça, 23 de Janeiro de 2007 às 15:24, por: CdB

A polícia do condado de Palm Beach, na Flórida (EUA), divulgou em sua página na internet uma foto de Sônia Hernandes, fundadora da Igreja Renascer em Cristo tirada no dia em que ela foi registrada no presídio feminino de West Palm Beach, na última terça-feira. Sônia e o marido, Estevam Hernandes, foram presos no última dia 9, quando tentavam entrar nos EUA com US$ 56,5 mil, sendo que apenas US$ 10 mil foram declarados pelo casal. Os dois estão atualmente em liberdade condiciaonal em Miami.

Caso sejam condenados nos EUA, Sonia e Estevam terão, no entanto, de cumprir a pena de prisão no país antes de serem extraditados para o Brasil. Na segunda-feira, o governo brasileiro entregou ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos o pedido de prisão, para fins de extradição.

Os brasileiros são acusados pelos crimes de "contrabando de divisas" e " não declaração" na alfândega. A pena prevista é de até cinco anos, mas, na prática, os dois podem ficar presos por no máximo 21 meses. Caso consigam comprovar que os US$ 56.467 que trouxeram para os EUA têm origem lícita, o casal pode se livrar da prisão. Eles também correm o risco de não poderem mais entrar nos EUA nem como turistas, caso sejam julgados culpados.

Nesta terça, um júri popular vai decidir se aceita a denúncia do promotor contra os brasileiros, o que, segundo advogados, é bastante provável. Na quarta-feira, os dois devem se apresentar para uma audiência no Tribunal Federal, que fica no centro de Miami. Se o casal for indiciado, o departamento de Justiça marcará o julgamento para 70 dias após a data da audiência. Então, seriam julgados por um júri de 12 pessoas.

O pedido de extradição por parte do governo brasileiro terá de ser negociado com a Justiça americana e o processo pode levar meses. Durante esse período, o casal continuaria cumprindo pena em prisão americana.

A defesa dos religiosos nega as acusações e alega que eles não podem ser extraditados porque o tratado de cooperação entre os dois países não prevê a hipótese de extradição em processos por crime de lavagem de dinheiro. O advogado Luiz Flávio D'Urso, presidente da OAB-SP, que defende o casal, vai pedir a anulação da extradição tanto na Justiça brasileira como na americana.

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