Não ficou claro o motivo da detenção de Zamili, primeiro membro do alto escalão do movimento de Moqtada al-Sadr a ser preso. Militares dos EUA disseram que estão verificando. Sadr é um importante aliado político do primeiro-ministro Nuri al-Maliki.
"Por volta das 9h desta quinta-feira, forças americanas acompanhadas por forças iraquianas invadiram o Ministério, forçaram os guardas a se deitarem no chão e levaram Zamili", disse Qassem Allawi, porta-voz do Ministério.
"Todos os funcionários ficaram aterrorizados, porque eles quebraram portas e objetos. Alguns dos funcionários fugiram para a rua."
O movimento político de Sadr acusa Washington de tentar provocar um confronto e pediu para o governo agir imediatamente para libertar o vice-ministro.
"Eles estão tentando levar o movimento de Sadr para um confronto. De que outra maneira a prisão de um vice-ministro da saúde sem ordem de prisão pode ser analisada?", disse Abdel Mahdi, dirigente do movimento de Sadr, em declarações à Reuters.
O Exército dos EUA intensificou as operações contra alguns simpatizantes de Sadr e contra o Exército Mehdi, milícia leal ao clérigo e que comandantes militares dos EUA acusam de matar membros de seitas rivais.
O tema do Exército Mehdi deverá ser um fator crítico para as forças dos EUA e para Maliki, que é xiita, durante a tão esperada ação em Bagdá para tentar conter a violência sectária que está levando o país na direção de uma guerra civil total.
Forças iraquianas e dos EUA prenderam ou mataram centenas de seguidores de Sadr nas últimas semanas. Em janeiro, militares dos EUA prenderam o porta-voz de Sadr em Bagdá, Abdul Hadi al- Darraji.
Milícias xiitas, junto com grupos insurgentes sunitas, são apontadas culpadas por milhares de mortes no último ano.