Uma força-tarefa com cerca de 2 mil agentes de saúde começará a atuar no Rio de Janeiro no combate ao mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue, logo após o Carnaval. Os locais onde acontecerão às provas dos Jogos Pan-Americanos receberão atenção especial, a fim de evitar casos da doença entre os 5.500 atletas e milhares de turistas que desembarcarão na cidade no mês de julho.
A informação é do superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde, Vitor Berbara. Segundo ele, os 900 agentes de saúde do município do Rio vão receber o apoio de mais 1.050 da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), ligados ao governo federal, que estavam atuando em outros municípios do Estado.
Eles permanecerão no Rio até o fim do Pan. Berbara informou que foram registrados cerca de 700 casos de dengue no Estado no mês de janeiro, com a ocorrência de dois surtos: um no município de Itaperuna, no noroeste fluminense, e outro nos bairros de Paciência e Santa Cruz, zona oeste do Rio, próximo a Jacarepaguá, onde estão sendo construídas a Vila Olímpica e outras instalações do Pan.
Apesar de considerar o número normal, e até abaixo do registrado em anos anteriores, Berbara alerta que as condições climáticas estão ajudando na proliferação do mosquito.
- As constantes chuvas neste verão, aliadas ao calor intenso, propiciam a proliferação do aedes e a conseqüente transmissão da dengue - explicou ele.
No último dia 23, o ministro da Saúde, Agenor Álvares, lançou no Rio de Janeiro o Plano Integrado de Combate à Dengue, reunindo as três esferas de governo, e anunciou a liberação de R$ 50 milhões para a execução dos trabalhos de prevenção da doença.