Rio de Janeiro, 16 de Setembro de 2025

Foco de dengue em terreno da Beneficência Portuguesa revolta moradores de Santa Teresa

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Terça, 26 de Setembro de 2017 às 09:52, por: CdB

Apesar dos esforços dos moradores em contactar a Beneficência Portuguesa, nenhuma providência foi tomada nos últimos meses.



Por Redação - do Rio de Janeiro

 

Moradores de Santa Teresa, bucólico bairro no Centro do Rio, vão recorrer à Justiça contra a Beneficência Portuguesa, sociedade centenária, porém em fase pré-falimentar, por manter criadouros de mosquitos da dengue em um terreno situado próximo ao Largo das Neves. A doença já se espalhou pela vizinhança e um dos moradores, o embaixador Sergio Nogueira Lopes, foi internado com o vírus. Um dos moradores, na tentativa de deter o avanço da praga, chegou a contratar os serviços de dedetização, conhecido como ‘fumacê’, mas não foi eficaz.

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Um dos moradores chegou a contratar um serviço de 'fumacê' no terreno da Beneficência Portuguesa

Para o embaixador Nogueira Lopes, que entrará com um processo civil contra a Beneficência Portuguesa, nas próximas horas, trata-se de “uma irresponsabilidade” a falta de limpeza do local e considera a ocupação, em barracos sem o mínimo de infraestrutura, “um risco à vida das pessoas que moram ali e de todos os vizinhos”. Com uma entrada pela Rua Oriente, no número 82, o terreno é íngrime e sujeito a deslizamentos no Verão que se aproxima, época de chuvas no Rio de Janeiro.

— Não apenas as pessoas estão expostas às doenças transmitidas pelos mosquitos, que se multiplicam no terreno, mas também os animais. Meu cachorro foi infectado com um vírus que se alojou no coração. Temo perdê-lo a qualquer instante, apesar do tratamento que o veterinário determinou e estamos seguindo, à risca — lamenta o diplomata.

Sem providência

Apesar dos esforços dos moradores em contactar a instituição, nenhuma providência foi tomada ao longo dos últimos meses.

— Jã nem atendem mais aos nossos telefonemas. Sabem que a situação é grave e não tomam providência. Idem a Prefeitura do Rio, que foi notificada desse problema há meses. Até agora não fez sequer uma vistoria no local — disse um outro morador, que prefere não ser identificado.

Procurada pela reportagem do Correio do Brasil, a Beneficência Portuguesa não retornou às ligações. Na prefeitura, a assessoria do setor de reclamações prometeu fazer um levantamento para saber em que pé andava o processo.

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