Rio de Janeiro, 30 de Junho de 2025

Finlândia e Suécia entregam pedidos de adesão à Otan

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Quarta, 18 de Maio de 2022 às 10:33, por: CdB

As candidaturas foram entregues pelos embaixadores de Helsinque e Estocolmo ao secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg, que definiu este momento como "histórico" e disse esperar concluir o processo de adesão "rapidamente".

Por Redação, com ANSA - de Bruxelas

Os governos de Finlândia e Suécia entregaram nesta quarta-feira, em Bruxelas, seus pedidos de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), marcando o fim de uma histórica política de neutralidade dos dois países escandinavos em relação ao Ocidente e à Rússia.
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O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, com os pedidos de adesão de Finlândia e Suécia
As candidaturas foram entregues pelos embaixadores de Helsinque e Estocolmo ao secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg, que definiu este momento como "histórico" e disse esperar concluir o processo de adesão "rapidamente". – Os aliados agora vão avaliar os próximos passos de seu caminho para a Otan – declarou o norueguês. Se for confirmada, essa será a maior expansão da aliança euro-atlântica desde 2004, quando sete países do antigo bloco comunista (Bulgária, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Letônia, Lituânia e Romênia) se juntaram à organização. Além disso, a ampliação vai praticamente dobrar a fronteira entre Otan e a Rússia, já que a Finlândia compartilha cerca de 1,3 mil quilômetros de divisa terrestre com o maior país do mundo.

Aprovação unânime

– Todos os membros concordam com a importância da ampliação da Otan. Concordamos que precisamos ficar juntos e que este é um momento histórico – garantiu Stoltenberg. Para entrar na Otan, Finlândia e Suécia precisam de aprovação unânime dos Estados-membros, mas enfrentam resistência da Turquia, que as acusa de dar guarida a supostos "terroristas" curdos. – Não podemos dizer 'sim'. Apoiar o terrorismo e pedir nosso apoio é uma falta de coerência – disse nesta quarta o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. Stoltenberg, por sua vez, garantiu que "os interesses de segurança de todos os aliados serão levados em conta". "Estamos determinados a trabalhar através de todos os assuntos e chegar a uma conclusão rápida", ressaltou. Os dois países escandinavos abandonaram sua histórica condição de neutralidade militar entre o Ocidente e a Rússia após a invasão à Ucrânia, iniciada pelas tropas de Moscou em 24 de fevereiro. A guerra movida pelo regime de Vladimir Putin levantou temores de ataques contra outros países europeus que hoje não fazem parte da Otan, como é o caso da própria Ucrânia.
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