Exibido em Locarno na Piazza Grande, o filme Meu Vizinho Adolfo, tinha começado a ser filmado no sul do Brasil, contou seu diretor, o israelense Leon Prudovsky, antes das filmagens serem transferidas para a Colômbia. O filme é uma coprodução israelense-polonesa-colombiana, mas pelo que ficou no ar, poderia ter sido coproduzido com o Brasil. Ancine sabia disso?
Por Rui Martins, de Locarno
Eichmann também vivia na Argentina com um nome falso.
Talvez a embaixada israelense pudesse ajudá-lo, pensou Polsky, mas logo se decepcionou. Essa história não colava. Enfim, para se verem livres da obsessão de Polsky sugeriram que tentasse obter provas e não se deixasse levar apenas por suas impressões.
Ao invés de colocar um fim nessas desconfianças. Polsky comprou todos os apetrechos e um aparelho fotográfico que permitissem espionar seu vizinho da janela. Algumas circunstâncias ajudaram Polsky a se aproximar do vizinho, inicialmente com muita relutância, porém o jogo de xadrez, no qual Polsky já ganhara medalhas no passado, serviu de principal elemento de aproximação entre os dois. E se o vizinho alemão de Marek, com nome judeu Herzog, tivesse sido um dos sósias de Hitler?
O filme explora uma fábula hassídica, a de alguém que começa a ver humanidade no seu pior inimigo e acaba por se tornar seu amigo. O diretor israelense do filme, Leon Prodovsky, convidou para viverem essa estranha relação dois grandes atores - o escocês David Hayman e o alemão Udo Kier.
Rui Martins, do Festival Internacional de Cinema