Para os pesquisadores, a medida não enfrenta o problema, “apenas dá mais trabalho para os propagadores desse tipo de conteúdo, que pode ser replicado infinitamente por diversos perfis diferentes”, algo não considerado no memorando.
Por Redação, com RBA - de Brasília
A Meta, dona do Facebook, informou na terça-feira que proibirá postagens pagas que questionem a legitimidade das eleições. “A remoção de conteúdos que violam nossas políticas voltadas para supressão de votos, está entre nossas respostas a potenciais interferências ao processo eleitoral”, declarou a empresa. “Além disso, não permitimos incitação à violência e proibimos discurso de ódio.”
Big Techs têm falhas na checagem de conteúdos inverídicos sobre o processo eleitoral
Um relatório de pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital, da UFBA, publicado na semana passada, aponta que a dois meses da eleição as plataformas de tecnologia, como aplicativos de mensagens, redes sociais e sites de veiculação de vídeos, ainda representam entraves no enfrentamento às fake news.
Tribunal Superior Eleitoral
Apesar de firmarem um memorando de entendimento com o Tribunal Superior Eleitoral, as big techs falham na checagem de conteúdos, na agilidade para processar denúncias e na transparência para combater a desinformação, segundo o estudo.
O relatório destaca, em especial, brechas nas redes sociais do grupo Meta (Facebook, WhatsApp e Instagram) e no Google (YouTube). O Facebook, por exemplo, não garante que notícias falsas serão removidas, mas terão apenas o alcance reduzido.
Para os pesquisadores, a medida não enfrenta o problema, “apenas dá mais trabalho para os propagadores desse tipo de conteúdo, que pode ser replicado infinitamente por diversos perfis diferentes”, algo não considerado no memorando.