Rio de Janeiro, 18 de Setembro de 2025

Executivo da Samsung é condenado por corrupção

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Sexta, 25 de Agosto de 2017 às 08:03, por: CdB

Tribunal sul-coreano sentencia executivo a cinco anos de prisão por envolvimento no escândalo que levou ao impeachment da ex-presidente Park Geun-hye. Processo é classificado de "julgamento do século"

Por Redação, com DW - de Seul:

O herdeiro e executivo da Samsung, Lee Jae-yong, foi condenado nesta sexta-feira por um tribunal da Coreia do Sul a cinco anos de prisão por seu envolvimento no pagamento de propinas em troca de favores da ex-presidente do país Park Geun-hye.

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O herdeiro e executivo da Samsung, Lee Jae-yong, foi condenado nesta sexta-feira por um tribunal da Coreia do Sul

A Justiça sul-coreana considerou Lee, de 49 anos, culpado por corrupção e por ocultar ativos no exterior. O tribunal decretou que o vice-presidente da Samsung. Mas chefe de facto da maior empresa do país; esteve envolvido na doação de 7,2 bilhões de wons (5,4 milhões de euros) em troca de favores políticos. Incluindo o apoio do governo à polêmica fusão de duas subsidiárias do grupo Samsung em 2015.

Parte do dinheiro serviu para financiar o programa de equitação na Alemanha da filha da empresária Choi Soon-sil; que ficou conhecida como "Rasputina" e é considerada o cérebro da trama de corrupção que desencadeou o impeachment e a detenção da ex-presidente Park.

O herdeiro do maior conglomerado empresarial do país asiático também foi considerado culpado pelo desvio de 6,4 bilhões de wons; e perjúrio por ter oferecido várias versões em seus depoimentos à Justiça. O Ministério Público sul-coreano havia solicitado 12 anos de prisão pelas acusações.

As acusações

A defesa negou as acusações, alegando que a Samsung foi coagida por Park para realizar as doações, e que Lee não estava ciente e nem as aprovou. Outros quatro executivos da multinacional também foram condenados e receberam sentenças de até quatro anos.

O processo judicial de Lee, que começou em 9 de março, causou grande expectativa na Coreia do Sul; onde a ação está sendo chamada de "o julgamento do século" devido às repercussões que pode ter para a imagem do maior conglomerado sul-coreano e sua possível influência na sentença futura contra a ex-presidente Park.

Coreia do Sul

O veredicto desta sexta-feira pode fortalecer o novo presidente do país, Moon Jae-in; que fez campanha com a promessa de reformar os poderosos conglomerados familiares na Coreia do Sul. Também conhecidos como chaebols. Moon prometeu capacitar acionistas minoritários e acabar com a prática de indultar os magnatas corporativos condenados por crimes de colarinho branco.

As empresas têm há bastante tempo conexões duvidosas com autoridades políticas e processos judiciais passados contra seus líderes frequentemente terminaram com sentenças brandas ou suspensas; com tribunais justificando suas decisões citando as contribuições dos réus para a economia do país.  

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