A corte disse que Yingluck sabia que membros de sua gestão falsificaram acordos de plantio de arroz de governo para governo e que não fez nada para detê-los
Por Redação, com Reuters - de Bangcoc:
A Suprema Corte da Tailândia condenou a ex-primeira-ministra foragida Yingluck Shinawatra a 5 anos de prisão nesta quarta-feira por ter administrado mal um esquema de subsídios a plantadores de arroz que custou bilhões de dólares ao país.
Yingluck fugiu para o exterior no mês passado temendo que o governo militar, que chegou ao poder com um golpe em 2014, pedisse uma pena severa.
Durante mais de uma década a política tailandesa testemunhou uma disputa de poder entre a elite tradicional; que inclui o Exército e as classes altas de Bangcoc, e a família Shinawatra; inclusive o irmão de Yingluck e também ex-premiê Thaksin Shinawatra, deposto por um golpe.
Prisão
Yingluck enfrentaria até 10 anos de prisão por sua negligência a respeito do custoso esquema; que a ajudou a ser eleita em 2011. Ela declarou inocência e acusou o governo militar de perseguição política.
Nove juízes votaram unanimemente contra Yingluck, um veredicto cuja leitura demorou quatro horas; e agora ela é alvo de um mandato de prisão.
A corte disse que Yingluck sabia que membros de sua gestão falsificaram acordos de plantio de arroz de governo para governo e que não fez nada para detê-los.
– A acusada sabia que o contrato de plantio de arroz de governo para governo era ilegal, mas não fez nada para evitá-lo... – afirmou a Suprema Corte.
– O que é uma maneira de buscar ganhos ilegais. Por isso, a atuação da acusada é considerada negligência na função.