Militares norte-americanos no Iraque disseram que um centro que comandará uma grande ofensiva contra radicais islâmicos passará a operar a partir desta segunda-feira em Bagdá. A operação será realizada em conjunto pelas forças iraquianas e norte-americanas e será, segundo o coronel da Infantaria Doug Heckman, que assessora o Exército iraquiano, "algo muito maior do que a cidade jamais viu". O anúncio ocorre um dia depois que um caminhão-bomba matou cerca de 130 em um mercado em uma área predominantemente xiita da capital.
A ofensiva está sendo vista como uma renovada tentativa de evitar uma guerra civil entre muçulmanos xiitas e sunitas. O centro será liderado pelo general iraquiano Abboud Gambar, um xiita que lutou contra as forças norte-americanas na Guerra do Golfo de 1991. Apesar de o centro entrar em operação nesta segunda, ainda não se sabe quando a ofensiva terá início. A mídia iraquiana diz que poderia começar no mesmo dia.
Escalada
Forças norte-americanas e iraquianas deverão varrer os bairros de Bagdá a procura de insurgentes e armas ilegais. O governo do Iraque disse que irá anunciar mais detalhes do novo plano nos próximos dias. Será a terceira tentativa de reduzir a violência na capital desde que o primeiro-ministro Nouri Maliki chegou ao poder em maio. Mas a violência continua a se escalar na cidade. Um funcionário do Ministério do Interior disse à agência norte-americana de notícias Associated Press (AP) que cerca de mil civis iraquianos, forças de segurança e militantes morreram apenas na última semana.
Ainda não está claro quantos soldados iraquianos e americanos participarão da ofensiva. O presidente dos EUA, George W. Bush, anunciou que estará enviando mais 21,5 mil soldados ao Iraque - a maior parte deverá atuar em Bagdá.