Segundo a Justiça dos EUA, a morte de Moise foi parte de uma "ampla conspiração" que queria tomar o poder à força e que foi apoiada também por um "ex-membro da Suprema Corte" haitiana - que não foi nomeado.
Por Redação, com ANSA - de Washington
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou na terça-feira que mais quatro pessoas suspeitas de terem participado do assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moise, ocorrido em julho de 2021, foram indiciadas e estão sendo extraditadas para o país.
Trata-se do haitiano Christian Emmanuel Sanon, um pastor e médico apontado como autor intelectual do crime; dois haitianos-americanos chamados James Solages e Joseph Vincent, presos ainda nos primeiros dias de investigações; e o colombiano Germán Rivera Garcia, que está entre os soldados do país sul-americano contratados como mercenários.
Solages, Vincent e Garcia responderão por vários crimes, incluindo conspiração com o objetivo de assassinato ou sequestro e de fornecer materiais que levaram a morte de uma pessoa. Já Sanon responde por conspiração e por trazer mercadorias ilegais.
Segundo a Justiça dos EUA, a morte de Moise foi parte de uma "ampla conspiração" que queria tomar o poder à força e que foi apoiada também por um "ex-membro da Suprema Corte" haitiana - que não foi nomeado. O ataque em si foi realizado por mercenários colombianos e teve o apoio de um grupo nos EUA que enviou armas aos criminosos.
Extradição e julgamento
A extradição e o julgamento fora do Haiti ocorrem por conta do desmoronamento das instituições democráticas do país após a morte de Moise e o envolvimento de membros do judiciário com o ataque.
Até o momento, sete pessoas responderão pelo crime nos EUA. Outras dezenas estão presas preventivamente no Haiti e aguardam por decisões judiciais.
Moise foi assassinado na residência oficial da Presidência em 7 de julho de 2021, em ataque armado que quase matou também a primeira-dama, Martine.