
A produção de veículos a etanol ou flex no Brasil atingiu em setembro deste ano a marca de 38,3 milhões de unidades, parte delas exportadas para países da América do Sul.
Celso MartinsO Brasil completou em setembro deste ano 40 anos de adesão ao programa Pró-álcool. Naquela época ainda havia muita desconfiança se os motores a álcool etílico hidratado vingariam no mercado brasileiro. Passados quatro décadas, os números comprovam que o programa foi um sucesso.
Em quatro décadas, 39,8 milhões de veículos foram vendidos no Brasil com motores capazes de utilizar etanol. Desses, pouco mais de 5 milhões são abastecidos exclusivamente com o combustível de origem vegetal. O estudo revela ainda que quase 35 milhões do total já usam a tecnologia flex, surgida em 2003, que possibilita o uso de etanol ou gasolina em qualquer proporção. A produção de veículos a etanol ou flex no Brasil atingiu em setembro deste ano a marca de 38,3 milhões de unidades, parte delas exportadas para países da América do Sul.
Os motores flex são comuns na produção agrícola. Hoje no mercado brasileiro é possível encontrar trator a venda com motor flex. Segundo o estudo, a força dos motores flex no mercado brasileiro tornou-se tão grande que muitos modelos que o Brasil importa da Argentina e do México são produzidos com essa tecnologia. Cerca de 3,1 milhões de carros com capacidade de uso de etanol foram importados destes dois países nos últimos anos.
O pico de vendas de carros com motor exclusivamente a etanol deu-se em 1986, com 621,7 mil unidades. Em 2012 foi batido o recorde de licenciamento de carros flex, com 2,83 milhões de unidades. A Massey Ferguson foi uma das primeiras a produzir motor flex no Brasil.