O estudante de 15 anos esfaqueou a mulher de 31, que não resistiu aos ferimentos. A comunidade de ensino e a classe política reagiram rapidamente à nova tragédia.
Por Redação, com CartaCapital – de Paris
Um aluno matou nesta terça-feira com uma facada uma assistente educacional na França, onde as autoridades reforçaram as inspeções nas escolas para confiscar armas após uma série de confrontos mortais entre jovens.

A França iniciou as verificações nas escolas depois que um jovem de 17 anos morreu durante uma briga em um centro de ensino na região de Paris em março. No final de abril, outra adolescente morreu esfaqueada em Nantes, oeste do país.
A tragédia mais recente aconteceu nesta terça-feira durante uma inspeção de mochilas realizada pela gendarmaria em Nogent, no leste da França, no início das aulas, segundo as autoridades.
O aluno de 15 anos esfaqueou a mulher de 31 anos, que não resistiu aos ferimentos, informou à agência francesa de notícias AFP uma fonte próxima ao caso.
“Ele deu várias facadas na vítima”, afirmaram as autoridades de ensino.
“Enquanto cuidava dos nossos filhos em Nogent, uma assistente de educação perdeu a vida, vítima de um surto de violência sem sentido”, escreveu na rede social X o presidente, Emmanuel Macron. “A nação está de luto”, acrescentou.
O agressor está sob custódia policial e os 324 alunos da escola do ataque foram confinados, explicou a prefeitura da cidade. Também foi criada uma célula de assistência psicológica.
Segundo as autoridades de ensino locais, a inspeção estava “prevista há muito tempo” no âmbito da operação a nível nacional e o centro não tinha “dificuldades particulares”.
No final de abril, as autoridades informaram que realizaram 958 inspeções aleatórias em centros de ensino e que confiscaram 94 armas brancas desde o mês de março.
Nova tragédia
A comunidade de ensino e a classe política reagiram rapidamente à nova tragédia. A vítima “estava apenas fazendo seu trabalho de receber os alunos”, disse Élisabeth Allain-Moreno, do sindicato SE-UNSA, que expressou “uma dor imensa”.
“Não passa uma semana sem que uma tragédia atinja as escolas (…) Os franceses não aguentam mais e esperam uma resposta política firme”, escreveu no X a líder de extrema direita Marine Le Pen.