Os EUA recusaram na sexta-feira o pedido do Haiti de enviar tropas ao país para garantir a segurança de sua infraestrutura, conforme relatado neste sábado pela agência inglesa de notícias Reuters.
Por Redação, com Sputnik - de Washington
Os EUA recusaram na sexta-feira o pedido do Haiti de enviar tropas ao país para garantir a segurança de sua infraestrutura, conforme relatado neste sábado pela agência inglesa de notícias Reuters.
EUA rejeitam pedido do Haiti para enviar tropas ao país, diz mídia
Mathias Pierre, ministro das Eleições e das Relações Interpartidárias do Haiti, solicitou ajuda aos EUA e ao Conselho de Segurança da ONU. A última estaria avaliando o pedido, mas Washington afirmou não ter planos de o fazer.
O ministro informou que o pedido de assistência de segurança aos EUA foi feito em uma conversa entre Claude Joseph, primeiro-ministro haitiano, e Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano.
Segundo à Reuters, o escritório de Claude Joseph enviou na quarta-feira à embaixada dos EUA no Haiti um pedido para que Washington enviasse tropas "a fim de apoiar a polícia nacional no restabelecimento da segurança e na proteção da infraestrutura-chave em todo o país, após o assassinato do (presidente Jovenel) Moïse".
No entanto, um alto responsável da administração de Joe Biden disse que "não havia planos de fornecer assistência militar dos EUA neste momento".
O Haiti também solicitou ajuda ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
– Estamos numa situação em que acreditamos que a infraestrutura do país: o porto, o aeroporto e a infraestrutura energética, podem ser um alvo – disse Pierre à Reuters, acrescentando que outro objetivo é de possibilitar a realização de eleições presidenciais e legislativas, programadas para 26 de setembro.
ONU
José Luis Díaz, porta-voz do Departamento de Assuntos Políticos e de Construção da Paz da ONU, por sua vez, referiu que a missão da organização no Haiti recebeu a carta e que a estava examinando.
– O envio de tropas em qualquer circunstância seria um assunto a ser decidido pelo Conselho de Segurança – relatou ele, em referência aos 15 membros do Conselho.
Na manhã de quarta-feira Jovenel Moïse, presidente do Haiti, foi assassinado em uma residência. De acordo com a polícia do país do Caribe, o ato foi perpetrado por um grupo de 28 mercenários, 26 dos quais colombianos, e dois haitianos-americanos. Os últimos se chamavam James Solages, de 35 anos, e Joseph Vincent, de 55 anos, ambos da Flórida, EUA.