Rio de Janeiro, 26 de Junho de 2025

Espinhos nas flores

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Sexta, 16 de Setembro de 2022 às 06:27, por: CdB

Dirigentes e ativistas sindicais influentes têm intensificado as ações que visam garantir a vitória do ex-presidente Lula em primeiro turno. Procuram conquistar os colegas que tenham outros candidatos, principalmente à presidência.

Por João Guilherme Vargas Netto - de São Paulo

É evidente que por estes dias e pelo menos até o 2 de outubro o assunto é um só: compor nossa chapa eleitoral e conquistar votos para vitória de nossos candidatos.
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Procuram conquistar os colegas que tenham outros candidatos
Dirigentes e ativistas sindicais influentes têm intensificado as ações que visam garantir a vitória do ex-presidente Lula em primeiro turno. Procuram conquistar os colegas que tenham outros candidatos, principalmente à presidência, ecoando as inúmeras manifestações recentes de apoio a ele, como a da ex-ministra Marina Silva. Estão previstas inúmeras manifestações eleitorais com participação dos trabalhadores que não só apoiam as propostas de Lula, discussão tripartite da legislação trabalhista, aumento real do salário mínimo, desenvolvimento econômico e criação de empregos, formalização das novas profissões e solidariedade social, como também reforçam as pautas aprovadas na Conclat 2022.

Lutas sindicais

Mas não posso deixar de atualizar os leitores sobre o andamento das dificuldades e das lutas sindicais naqueles dois temas, fontes de más notícias, de meu último texto. A votação virtual no STF na discussão sobre a liminar do ministro Barroso que suspende a vigência da lei que criou os pisos profissionais para enfermeiros, técnicos de saúde, auxiliares e parteiras (homens e mulheres) tem apresentado um resultado desfavorável, o que exige (para contrabalançar o terrorismo dos adversários e a desorientação dos ministros) maiores esforços de mobilização dos sindicatos e dos profissionais, já cerceados pela exigência de 90% de comparecimento ao trabalho em caso de greve. As demissões de 3,6 mil metalúrgicos da Mercedes Benz, que as mantém e insiste em terceirizar grande parte de seu efetivo constituem assunto de discussão entre a empresa e o sindicato, depois que os trabalhadores fizeram greve de três dias, suspensa na segunda-feira no aguardo dessas negociações. Para não dizer que não falei dos espinhos nas flores…  

João Guilherme Vargas Netto, é consultor sindical de diversas entidades de trabalhadores em São Paulo.

As opiniões aqui expostas não representam necessariamente a opinião do Correio do Brasil

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