As acusações levadas aos parlamentares pelo chamado ‘Hacker de Araraquara’ ganharam peso específico entre os integrantes da base governista. Eles calculam que as consequências legais somadas poderiam resultar em até 18 anos de prisão para o ex-chefe de Estado, segundo apuração da mídia conservadora carioca.
Por Redação - de Brasília e Rio de Janeiro
Em mais uma nova vertente das consequências devidas ao depoimento do hacker Walter Delgatti Neto à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro (8/1), analistas jurídicos passaram a calcular os danos para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no campo do Judiciário. Para os aliados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não faltam oportunidades para indiciar o antecessor no Palácio do Planalto, por quatro possíveis crimes.

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As acusações levadas aos parlamentares pelo chamado ‘Hacker de Araraquara’ ganharam peso específico entre os integrantes da base governista. Eles calculam que as consequências legais somadas poderiam resultar em até 18 anos de prisão para o ex-chefe de Estado, segundo apuração da mídia conservadora carioca.
Grampos
Segundo análise minuciosa realizada por parlamentares, tanto na Câmara quanto no Senado, as alegações feitas por Walter Delgatti Netto poderiam enquadrar Bolsonaro em crimes que vão desde golpe de Estado até incitação ao crime. As penas associadas variam de acordo com a gravidade dos delitos.
Um dos principais pontos de investigação é a alegada simulação de fraude nas urnas eletrônicas, com o propósito de desestabilizar o pleito eleitoral. Esse ato, segundo o mapeamento feito, poderia enquadrar Bolsonaro no crime de golpe de Estado, com pena que varia entre quatro e 12 anos de prisão.
As suspeitas de grampos clandestinos em conversas com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também levantam a possibilidade de um indiciamento por escuta telefônica ilegal, com pena de dois a quatro anos.