A mais recente pesquisa da Genial Quaest mostra que a desaprovação ao governo Lula atingiu 57%, o maior índice deste mandato, refletindo uma piora na percepção geral da gestão. Apesar de uma melhora na visão sobre a economia
Por Redação – do Rio de Janeiro
Os índices de avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oscilaram dentro da margem de erro em maio, mas permanecem na trajetória de piora diante notícias negativas. Houve uma melhora mínima na percepção da população sobre a economia, mas outros fatores interromperam a tendência de alta, segundo análise do cientista político Felipe Nunes sobre pesquisa da Genial Quaest, divulgada nesta quarta-feira.
A sondagem levantou que 57% dos entrevistados desaprovam o governo Lula, o maior índice registrado para esse quesito neste mandato. Em março, a desaprovação correspondia a 56%. A aprovação da gestão também oscilou dentro da margem de erro, de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e passou de 41% na última rodada para 40% agora.
Os índices de avaliação do governo exibiram dinâmica semelhante: os 41% de avaliação negativa em março oscilaram para 43%; os 27% que o avaliavam como positivo em março passaram a 26%; e os 29% que o consideravam regular foram para 28%.
Rumo
Em outro sinal negativo para o governo, o percentual dos que avaliam que o país está na direção errada aumentou pela terceira vez seguida, chegando a 61%, ante 56% em março. Enquanto isso, os que entendem que o país está no rumo certo também diminuíram pela terceira vez seguida, chegando a 32%, ante 36%.
Ainda assim, a pesquisa captou uma queda na percepção negativa sobre a economia, além de registrar altos índices de aprovação entre os que disseram conhecer projetos novos do governo como a isenção de imposto de renda para os que ganham até R$5 mil por mês e a distribuição de gás de cozinha para famílias em situação de vulnerabilidade.
A pesquisa mostrou, por exemplo, uma queda de 8 pontos percentuais na fatia dos entrevistados que percebem uma piora na economia nos últimos 12 meses. Em março, essa parcela correspondia a 56%, agora, são 48%.
Repercussão
Os 16% que diziam perceber uma melhora oscilaram para 18%. Os que consideravam que a economia está “do mesmo jeito” passaram de 26%, em março, para 30% em maio.
— A forte repercussão de notícias como o escândalo do INSS diminuiu o efeito positivo da economia e do lançamento dos novos projetos e programas do governo — acrescentou Nunes, presidente-executivo da Quaest, referindo-se ao caso de associações que fizeram descontos indevidos nas aposentadorias de pensionistas.
A pesquisa foi realizada entre os dias 29 de maio e 1º de junho, com 2.004 pessoas.