Os três candidatos à presidência da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR), descartaram, em debate nesta sexta promovido pelo jornal paulista "Folha de S.Paulo", o aumento salarial de 91% para parlamentares. Eles defenderam o reajuste com base em um índice de inflação.
- Essa é a proposta mais prudente -, afirmou Aldo Rebelo.
Além de salário, outros dois temas pontuaram o debate: a produtividade da Câmara e as discussões acerca de quem é oposição ou governista. Apesar de seu partido fazer parte da base aliada, Aldo afirmou que não tem obrigações com o governo.
- Não sou candidato do governo, nem da oposição, mas da instituição, para conduzi-la com rigor e disciplina. O fato de vossa excelência ser da oposição, não me faz pensar que o senhor, se assumir a Câmara, estará no dia seguinte com um processo de impeachment contra o presidente Lula -, disse Aldo ao responder uma pergunta do tucano.
Para Fruet, é justamente a independência da Casa que está em disputa na eleição do dia 1º de fevereiro.
- O que está em jogo é a independência da Câmara do Executivo. É muito bom ouvir do presidente Aldo que não é o candidato do governo. O que estamos vendo são dois candidatos disputando quem é o mais leal (ao governo) -, afirmou o tucano.
Chinaglia disse ser contra ao reajuste de 91% nos salários dos parlamentares, o que havia sido decidido no ano passado, mas depois foi anulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou inconstitucional a forma como a decisão foi tomada.
- Sou favorável que, de imediato, se resolva (o aumento) pela reposição da inflação -, disse o petista.
Em debate, candidatos descartam reajuste de 91% para parlamentares
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Sexta, 26 de Janeiro de 2007 às 14:55, por: CdB