O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), que disputa a reeleição ao cargo, enviará uma carta, nesta terça-feira, a todos os deputados, colocando-se como o candidato que dará o "equilíbrio" de forças dentro do Congresso. Aldo também afirma que defenderá a criação de um teto (sem citar valor) do serviço público para legislativo, executivo e judiciário.
No documento, o candidato a reeleição tenta demonstrar que sua candidatura trará um ambiente mais favorável do que as demais, mas não menciona os outros candidatos, Arlindo Chinaglia (PT-PR) ao dizer que "enfrentar os desafios ao crescimento exige não apenas determinação e coragem, mas um ambiente que garanta a disputa própria da democracia e, ao mesmo tempo, a harmonia e o respeito, capazes de afastar o impasse e o imobilismo da instituição.
Na carta Aldo ressalta que "só o equilíbrio entre as forças políticas na Câmara dos Deputados permitirá a composição desse cenário para enfrentar os desafios que nos esperam a partir de 1º de fevereiro" e afirma que a sua candidatura "representa, para a Câmara, a garantia da participação de todos os deputados nestas discussões e decisões. Não representa um projeto político pessoal, partidário ou de um grupo, com vistas a objetivos que não sejam aqueles inerentes à soberana missão do Parlamento. É dar à Câmara o equilíbrio que pretendemos para o Brasil".
Aldo enumera pelo menos seis pontos que considera prioritários em caso de reeleição, entre eles a remuneração salarial dos deputados. "Estabelecer, de maneira definitiva, um teto para a remuneração dos servidores públicos dos três Poderes (legislativo, executivo e judiciário) e critérios para os subsídios dos parlamentares. É preciso vislumbrar uma regra que, ao longo do tempo, leve o presidente da República, os ministros do Supremo Tribunal Federal, ministros de Estado, senadores e deputados a manter alto grau de isonomia em suas remunerações para que haja o equilíbrio entre os Poderes".
Além do salário dos deputados, a carta também fala em reforma tributária, orçamento impositivo, reforma política, agenda comum para o desenvolvimento e medidas provisórias. Aldo diz que "o Parlamento não pode continuar refém das medidas provisórias. O atual sistema causa desequilíbrio entre os Poderes. Mudanças na tramitação das medidas provisórias são urgentes, em benefício dos interesses do Parlamento e da democracia".
Em carta, Aldo defende candidatura e teto salarial para servidores
Arquivado em:
Segunda, 22 de Janeiro de 2007 às 18:17, por: CdB