Na documentação que entregou às autoridades navais, ainda em Santarém (PA), o responsável pelo barco informou que havia apenas dois passageiros a bordo
Por Redação, com ABr - de Brasília:
Militares da Marinha do Brasil retomaram nesta sexta-feira os trabalhos para tentar trazer à tona o barco Capitão Ribeiro, que naufragou na última terça, no Rio Xingu, entre os municípios de Senador José Porfírio e Porto de Moz, no Pará.
O Navio Patrulha Bocaina, de 47 metros de comprimento e 3 metros de calado; e uma lancha com mergulhadores foram deslocados para o local a fim de auxiliar na operação de buscas e salvamento e nos esforços de reflutuação da embarcação acidentada. Só da Marinha estão sendo empregados cerca de 70 militares nas ações de buscas às vítimas e apoio à segurança naval.
Em nota, o Comando do 4º Distrito Naval informou que os responsáveis pelo barco Capitão Ribeiro cometeram pelo menos duas irregularidades; antes da embarcação afundar por motivos que ainda estão sendo apurados.
Na documentação que entregou às autoridades navais, ainda em Santarém (PA); o responsável pelo barco informou que havia apenas dois passageiros a bordo. O número exato de pessoas que estavam no navio na hora do acidente ainda é incerto. Mas, até a tarde de quinta-feira, o número de mortos já chegava a 21. Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup). As equipes de salvamento conseguiram resgatar 23 pessoas com vida e pelo menos mais cinco eram dadas como desaparecidas.
Os responsáveis
O comando também revelou que os responsáveis pelo Capitão Ribeiro tinham informado que viajariam apenas de Santarém a Prainha; um trajeto de cerca de 170 quilômetros. No entanto, a embarcação acabou prosseguindo com destino a Vitória Xingu; a quase 500 quilômetros do local de partida, em desacordo com o Despacho de Saída emitida pela Capitania dos Portos, válido até 20 de outubro.
A Marinha voltou a esclarecer que as autorizações para concessões de linhas hidroviárias não são fornecidas pelas capitanias dos Portos. Segundo a Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon-PA); a embarcação não estava legalizada junto à agência e fazia o transporte de passageiros de forma clandestina.