Rio de Janeiro, 13 de Junho de 2025

Diplomacia pede à Itália que concorde em extraditar Carla Zambelli

Arquivado em:
Quinta, 12 de Junho de 2025 às 19:35, por: CdB

A documentação encaminhada inclui garantias diplomáticas, como a de que a pena perpétua não será aplicada e de que Zambelli não será alvo de perseguição ou punições motivadas por razões políticas.

Por Redação, com Reuters – de Roma

A Embaixada do Brasil na Itália recebeu nesta quinta-feira o pedido formal de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 

Diplomacia pede à Itália que concorde em extraditar Carla Zambelli | Carla Zambelli (PL-SP) está refugiada em algum lugar da Itália
Carla Zambelli (PL-SP) está refugiada em algum lugar da Itália

A solicitação foi elaborada pelo ministro Alexandre de Moraes e enviada ao Ministério da Justiça na última quarta-feira. Em seguida, o documento foi rapidamente encaminhado ao Ministério das Relações Exteriores, responsável por conduzir as tratativas com o governo italiano. Brasil e Itália mantêm acordo bilateral de extradição.

A documentação encaminhada inclui garantias diplomáticas, como a de que a pena perpétua não será aplicada e de que Zambelli não será alvo de perseguição ou punições motivadas por razões políticas.

 

Cassação

Já no Brasil, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que condenou a deputada bolsonarista foi formalmente encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

A condenação decorre de sua participação em uma invasão a sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), episódio que teve ampla repercussão. No entanto, a cassação do mandato parlamentar exige um rito específico, na Casa.

Inicialmente, Hugo Motta havia sinalizado que a própria Mesa Diretora declararia a perda do mandato e convocaria o suplente. A declaração gerou protestos do PL, partido da deputada, levando o presidente da Câmara a recuar. Posteriormente, Motta anunciou que o caso seria analisado pelo plenário da Casa.

Edições digital e impressa
 
 

 

 

Jornal Correio do Brasil - 2025

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo