Rio de Janeiro, 28 de Junho de 2025

Deputado que tatuou nome de golpista no peito perde o mandato

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Quarta, 20 de Dezembro de 2017 às 15:13, por: CdB

A perda do mandato ocorreu por unanimidade. A sentença fala em abuso de poder econômico e gastos ilícitos na campanha eleitoral de 2014.

 

Por Fábio Lau/Conexão Jornalismo - de Brasília

 

A imagem do deputado fanfarrão Wladimir Neto, do Partido Solidariedade, soltando papel em meio a votação do golpe contra Dilma Rousseff foi das mais marcantes. Ali o deputado subiu ao palanque para falar em fim da corrupção no país. Mas contra ele corria um processo no Tribunal Regional Eleitoral do Pará onde respondia por abuso do poder econômico. Quase quatro anos depois, a um ano de terminar o mandato, ele finalmente foi condenado culpado e teve seu mandato cassado. Mas cabe recurso.

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O deputado Wladimir Costa tatuou o nome de Temer, mas usou henna. Agora, perdeu o mandato

A condenação ocorreu por unanimidade. A sentença fala em abuso de poder econômico e gastos ilícitos na campanha eleitoral de 2014. A sessão que julgou as acusações teve como relator o desembargador Roberto Gonçalves de Moura e teve unanimidade entre os juízes presentes. Segundo o TRE-PA, a decisão determina a cassação do mandato de Wladimir, além de torná-lo inelegível por oito anos.

Assédio

Esta não foi a primeira condenação do parlamentar que chegou a tatuar o nome do presidente ilegítimo no peito. Em 2016 já havia sido condenado a perda de mandato pelo TRE. Na ocasião, a Corte julgou a arrecadação e gastos ilícitos na campanha eleitoral do deputado. Wladimir Costa declarou que gastou R$ 642.457,48 durante sua campanha à Câmara Federal. Mas, segundo o MPE, o candidato deixou de declarar R$ 149.950 em despesas de material gráfico; além de mais de R$ 100 mil em despesas efetuadas entre julho e setembro do ano eleitoral de 2014. Estas não constam na prestação de contas. O deputado recorreu da decisão.

Este é o quarto mandato do parlamentar. Mas não há nenhum projeto de relevância relacionado a ele. A projeção nacional se deu por episódios bizarros como o envolvendo Dilma, a tatuagem e uma mensagem de celular onde tentava convencer uma mulher a mostrar seu corpo nu. 

Ele também se insinuou para uma radialista que pediu para mostrar a tatuagem com o nome do presidente. "Para você só mostro meu corpo inteiro", disse à repórter Basília Rodrigues. Ela o processou por assédio. 

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