Rio de Janeiro, 04 de Setembro de 2025

Deputadas cobram apuração de e-mails misóginos na Alesp

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Terça, 03 de Junho de 2025 às 15:26, por: CdB

Mensagem anônima com citações nominais foi enviada a todas as parlamentares estaduais de SP.

Por Redação, com Brasil de Fato – de São Paulo

Em entrevista ao Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato, a deputada estadual Paula Nunes (Psol-SP) falou sobre as ameaças recebidas por 25 parlamentares da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). A denúncia foi divulgada na segunda-feira, quando as deputadas pediram ainda o encaminhamento do caso para uma delegacia especializada em crimes digitais.

Deputadas cobram apuração de e-mails misóginos na Alesp | Deputadas pedem investigação rigorosa após e-mails misóginos na Alesp
Deputadas pedem investigação rigorosa após e-mails misóginos na Alesp

– Ele [o caso] precisa ser tratado com a seriedade que tem, que é uma ameaça dirigida ao conjunto das deputadas da Assembleia Legislativa, ou seja, à democracia do estado de São Paulo – afirmou a parlamentar. “A novidade desse caso é justamente o fato de que todas as parlamentares, independentemente do seu partido político, foram ameaçadas.”

Ameaças genéricas

O e-mail continha ameaças genéricas, além de menções nominais a deputadas e suas famílias. As parlamentares optaram por não expor o conteúdo integral do e-mail enviado no sábado anterior. Segundo Nunes, a escolha de não revelar os detalhes se deu por orientação da polícia, para proteger a integridade das envolvidas e não comprometer as investigações.

Ela explicou ainda que a exposição do conteúdo poderia alimentar fóruns de ódio na internet, conhecidos como “chans”, onde as ameaças muitas vezes são tratadas como desafios em uma espécie de jogo. “A divulgação do conteúdo dessas mensagens pode também implicar no fato de que essas pessoas serão valorizadas nesse grupo de ódio”, alerta.

Um primeiro suspeito foi ouvido pela Polícia Legislativa, mas não confessou o crime. De acordo com a deputada, ele alegou ter sido vítima de uma técnica conhecida como “atrelamento”, em que o nome de uma pessoa é citado propositalmente para desviar o foco da autoria real.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado já foi acionada. As deputadas cobram uma resposta contundente e a responsabilização dos envolvidos. Atualmente, 25 das 94 cadeiras da Alesp são ocupadas por mulheres.

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