Motta tem dito a interlocutores que a tramitação da MP poderá incluir um pacote de mudanças tributárias voltado principalmente à revisão e ao corte de renúncias fiscais que drenam recursos públicos.
Por Redação – de Brasília
Presidente da Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) movimenta-se, agora, no sentido de buscar o protagonismo na eliminação dos entraves fiscais enfrentados pela máquina pública. A Medida Provisória (MP) que isenta do Imposto de Renda quem recebe até R$ 5 mil mensais volta ao centro das atenções, diante do novo cenário.

Motta tem dito a interlocutores que a tramitação da MP poderá incluir um pacote de mudanças tributárias voltado principalmente à revisão e ao corte de renúncias fiscais que drenam recursos públicos. Assim, segundo Motta, seria possível também aliviar pressões orçamentárias e marcar posição política diante do impasse gerado pelo decreto do governo, que elevou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações de crédito. Ao seu lado, Motta conta com o deputado Arthur Lira (PP-AL), relator da MP.
Embate
No mesmo palco em que estava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na véspera, durante o Congresso Nacional do PSB que elegeu o prefeito de Recife, João Campos, como novo presidente nacional da sigla, não faltaram elogios a Hugo Motta. Durante o encontro, Lula pediu mais diálogo com o Congresso, no momento em que o governo enfrenta um impasse em relação ao IOF.
— O governo tem que aprender que, quando quiser ter uma decisão que seja unânime entre todos os partidos, o correto não é a gente tomar a decisão e depois comunicar. É a gente chamar as pessoas para tomar a decisão junto com a gente. Para que a gente possa, quando chegar, as coisas estarem mais ou menos alinhavadas. É assim que eu tenho feito com o Hugo e com o Davi Alcolumbre — concluiu Lula.