Semana passada, as ações do banco registram queda relevante, de mais de 3%; após notícias da delação de Palocci à Polícia Federal.
Por Redação - de São Paulo
O ex-ministro dos governos do PT Antonio Palocci assinou acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal (PF), segundo informação vazada no final da noite passada à mídia conservadora.
As denúncias e documentos que as comprovam foram fornecidos por ele para embasar possíveis novos inquéritos. No alvo, as Organizações Globo e o banco Bradesco estariam envolvidas em transações ilegais. Fontes confirmaram que a colaboração avançaram com rapidez e os termos assinados agora dependem apenas da homologação judicial.
Na semana passada, as ações do banco registram queda relevante, de mais de 3%, fechando na marca negativa de 2.05% (Bradesco ON EJ N1); diante das negociações para a delação do ex-ministro, que envolveriam o banco. Palocci está encarcerado desde setembro de 2016.
Grandes bancos
Preso pela Operação Lava-Jato, Palocci apressou as negociações com a PF e o Ministério Público Federal para um acordo de delação premiada. Segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, junto a advogados do réu — em caráter sigiloso — Palocci aguardava apenas o término do julgamento de seu Habeas Corpus (HC) para seguir adiante com as tratativas.
Ex-deputado, ex-prefeito e ministro dos governos petistas, em três mandatos; Palocci foi condenado a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Na delação, ainda segundo apurou o CdB, ele teria prometido revelar novos nomes de clientes de sua empresa de consultoria. Dois grandes bancos, segundo ventilou a mídia conservadora, ao longo do dia, estariam na carteira do ex-ministro.
Indícios
Palocci teria, ainda, dados comprometedores sobre integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf); um dos alvos centrais da Operação Zelotes. Ele estaria disposto, ainda, a incluir dois ministros de tribunais superiores em sua delação.
Adiante, junto ao MPF, o líder petista disse, também, que ampliará os detalhes e indícios dos crimes dos quais participou ou teve conhecimento.
Além de fundador do PT, ex-prefeito de Ribeirão Preto; ex-ministro da Fazenda do governo Lula e ex-chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff; ele coordenou, ao longo de mais de duas décadas, as campanhas presidenciais do partido desde o final dos anos 90.