Rio de Janeiro, 27 de Julho de 2025

Dança carioca é reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial

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Terça, 19 de Março de 2024 às 13:40, por: CdB

O Passinho teve sua origem nos bailes realizados no Complexo do Jacarezinho, na Zona Norte carioca. Os dançarinos costumavam se reunir em uma área específica do baile e se apresentavam em rodas, cada um mostrando suas coreografias.


Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro


Movimentos rápidos e coordenados com as pernas e pés, com malemolência e estilo. Uma mistura break, frevo, samba e capoeira: assim é o Passinho carioca, uma dança que nasceu nas comunidades do Rio de Janeiro nos anos 2000 e que foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do estado na semana passada.




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Passinho nasceu na periferia da cidade nos anos 2000

O projeto é de autoria da deputada estadual Verônica Lima ( PT), que ressalta a importância da conquista. Em nota, a parlamentar afirmou que transformar o Passinho em patrimônio é dar visibilidade a esse movimento cultural importante, além de colaborar na descriminalização do funk e de outras expressões artísticas de jovens periféricos. 


Cristian Marinho, artista e professor de dança, começou a treinar o Passinho na adolescência, assistindo aos duelos coreografados no bairro em que morava. Para ele, o Passinho ajuda a quebrar o estigma de violência dentro da comunidade. 


– Antes do Passinho, a comunidade era muito julgada, as pessoas pensavam que dentro da comunidade era só roubo, violência, tráfico de drogas. Só isso, violência! Aí o Passinho veio e quebrou esse estigma. Não é todo mundo que mora na comunidade que é violento, que é mal educado, não. Dentro da comunidade também tem cultura, que é o Passinho, como acontece no Jacarezinho. Aí a maioria das pessoas de fora começou a enxergar a comunidade com outro olhar – disse o professor.



Complexo do Jacarezinho


O Passinho teve sua origem nos bailes realizados no Complexo do Jacarezinho, na Zona Norte carioca. Os dançarinos costumavam se reunir em uma área específica do baile e se apresentavam em rodas, cada um mostrando suas coreografias, o que alimentava a competição entre eles e contribuía para a popularização nas comunidades cariocas. Desde 2018 já era patrimônio cultural da capital fluminense. 




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