O remédio, conhecido como Efavirenz, já produzido na forma de comprimidos, indicados no coquetel de tratamento da aids, de adultos, foi incrementado
Por Redação, com ABr - de Brasília:
Crianças que vivem com o vírus HIV da aids, no Brasil, serão beneficiadas com a chegada de um medicamento fabricado com tecnologia inovadora.
O remédio, conhecido como Efavirenz, já produzido na forma de comprimidos, indicados no coquetel de tratamento da aids; de adultos, foi incrementado a partir do uso da nanotecnologia ou pequenas partículas. O resultado é uma versão diferenciada menor, para melhorar a aceitação pelas crianças.
A tecnologia permite melhor aproveitamento do princípio ativo da substância pelo organismo; uma vez que as formulações líquidas existentes, além de não serem recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), têm sabor desagradável, curto prazo de validade e elevado custo para transporte.
O produto está sendo desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Tecnologia em Fármacos, Farmanguinhos, da Fiocruz; principal instituição pública produtora de antirretrovirais no país para o Ministério da Saúde (MS).
O pesquisador Helvécio Rocha, coordenador do Laboratório de Sistemas Farmacêuticos Avançados; disse que a expectativa é de que o novo comprimido; que se dissolve na boca e na água, facilite a aceitação pelos pequenos pacientes.
Produto
– A ideia do nosso produto é gerar para esses pacientes pediátricos uma formulação mais adequada à idade deles. A gente precisa dar uma apresentação boa porque é um tratamento de longo prazo. Aí, se o sabor for ruim, as crianças começam a rejeitar a medicação. Tem essa tentativa de melhorar o sabor e, ao mesmo tempo, adequar o produto nacional a recomendações do MS e da OMS – enfatizou.
Segundo Rocha, o desafio maior foi colocar o princípio ativo em porções pequenas; para que o remédio chegasse à corrente sanguínea sem perder o efeito desejado.
Ele disse ainda que esse tipo de medicamento pediátrico para tratamento da aids; com a tecnologia das nanopartículas, é inédito no mundo.
A previsão é de que o produto passe por testes clínicos até o final do próximo ano e fique disponível no mercado em 2020.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, 21 mil crianças no Brasil são soropositivas, isto é, portadoras do vírus HIV.