Rio de Janeiro, 15 de Setembro de 2025

Correios fecham unidades do Banco Postal

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Sexta, 29 de Setembro de 2017 às 11:12, por: CdB

A empresa alega que custos de manutenção das operações, em especial o cumprimento de medidas de segurança, com vigilantes armados

Por Redação, com RBA - de São Paulo:

Os Correios anunciaram que as atividades de correspondente bancário por meio de seu Banco Postal devem ser encerradas a partir de 11 de outubro. Serviços como pagamento de contas, abertura de contas, empréstimos e recebimento de aposentadorias e pensões deixarão de existir em todas as 1.836 unidades, presentes em 12 estados do país. 

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Banco Postal garantia serviços bancários a municípios que não contavam com agências

A empresa alega que custos de manutenção das operações, em especial o cumprimento de medidas de segurança; com vigilantes armados e portas giratórias; motivou o fechamento dos pontos de atendimento do Banco Postal. 

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) repassados ao jornal Valor Econômico, mais de 137 mil aposentados; e pensionistas do INSS devem ser afetados pelo fim dos serviços; com a transferência de pagamentos para outras agências e, até mesmo, para outros municípios. 

Pelo menos 1.231 pessoas terão de se descolar para outras cidades para retirar pagamentos. Aposentados e pensionistas dos Estados da Bahia, Piauí, Rio Grande do Norte e Ceará serão os mais afetados. Os demais deverão receber o que lhes é de direito nas agências do Banco do Brasil e outros bancos, em casos determinados. 

Em audiência pública, no Senado, em junho passado, o presidente dos Correios; Guilherme Campos, reconheceu que o fechamento do Banco Postal atinge diretamente as populações de pequenos municípios que não têm agências bancárias. Mas afirmou que não poderiam custear as operações em localidades que não fossem lucrativas.

Guardas de trânsito poderão portar armas de fogo

Está à espera da sanção do presidente de facto Michel Temer o projeto que permite o porte de arma de fogo por agentes de trânsito da União, Estados, Distrito Federal e municípios;  Guardas municipais que também cumpram essa função terão o mesmo direito. O projeto de lei (PLC 152/2015) foi aprovado em votação simbólica; na última quarta-feira; pelo plenário do Senado após ser aprovado na Câmara dos Deputados.

De autoria do ex-deputado federal Tadeu Filippelli (PMDB-DF); o projeto altera o Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003). Pela nova lei, os agentes de trânsito deverão comprovar capacidade técnica e aptidão psicológica para o uso da arma; incluindo formação em centros de treinamento policial.

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB-Lei 9.503/1997), "agente da autoridade de trânsito" é toda pessoa; civil ou policial militar, “credenciada pela autoridade de trânsito para o exercício das atividades de fiscalização, operação, policiamento ostensivo de trânsito ou patrulhamento”.

Projeto

O projeto recebeu o apoio dos senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Magno Malta (PR-ES), Reguffe (sem partido-DF); Benedito de Lira (PP-AL), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Gleisi Hoffmann (PT-PR); Eduardo Amorim (PSDB-SE), José Medeiros (PSD-MT), Wilder Morais (PP-GO), Humberto Costa (PT-PE); Hélio José (PMDB-DF), Fátima Bezerra (PT-RN), Simone Tebet (PMDB-MS), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), entre outros.

Em comum entre os apoiadores, o argumento de que os guardas de trânsito costumam abordar veículos roubados e criminosos, se expondo ao risco e à periculosidade da atividade. Para a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), por exemplo, a medida dará mais segurança para os agentes de trânsito.

Já os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Cristovam Buarque (PPS-DF), Eduardo Braga (PMDB-AM); Antonio Anastasia (PSDB-MG), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Pedro Chaves (PSC-MS) se manifestaram contra o projeto. Segundo Lindbergh, a medida tornará os agentes mais visados e vulneráveis, podendo aumentar o número de conflitos.

Para Cristovam Buarque, a pessoa armada está mais sujeita à violência que uma desarmada. “Guarda de trânsito não ganha para prender ou matar bandidos. Armar mais as pessoas não é a solução. Por que não armar os motoristas de táxi, os motoristas de caminhão? Daqui a pouco vamos querer armar toda a população”; afirmou o senador do Distrito Federal.

 
 
 
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